Pífia gestão orçamentária


Fraca execução de programas mostra que PT é especialista em não cumprir promessa de campanha

Os deputados Vaz de Lima (SP) e Carlos Roberto (SP) acreditam que o descumprimento das bandeiras de campanha da presidente Dilma revela que a administração petista se especializou em fazer promessas em período eleitoral e abandoná-las em seguida. A retenção de recursos disponíveis para a ampliação do “Minha Casa Minha Vida” e a construção de unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Básicas de Saúde (UBS) comprovam a existência da má gestão.

“Sabendo que há dinheiro e por uma má gestão não acontece o que deveria, é muito triste”, diz Carlos Roberto. Na avaliação dele, a situação reforça alerta feito pela oposição: o PT é apenas um partido de promessas.

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O jornal “O Globo” mostrou que o projeto habitacional, estrela do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), teve corte de R$ 5,1 bilhões em março, na dotação inicial dos R$ 12,6 bilhões previstos. Até setembro, a ação executou apenas R$ 3,5 milhões. O objetivo de entregar dois milhões de moradias até 2014 está cada vez mais distante da realidade.

Segundo a reportagem, o Planalto anunciou aporte de R$ 2,6 bilhões para a edificação de 500 UPAs. Para este ano, o orçamento estimava R$ 271,5 milhões, mas até agora R$ 20,9 milhões foram desembolsados. As unidades de saúde não saíram do papel. O compromisso era a implantação de 8.694 unidades até 2014, com recursos de R$ 5,5 bilhões. Para 2011, a meta era entregar 1.831 postos. No entanto, foram pagos apenas R$ 37,2 milhões.

Para Vaz de Lima, Dilma paga as contas do que foi usado para elegê-la. Segundo ele, além do prometer o que não consegue cumprir, o Executivo tenta enganar o povo com publicidades utópicas. “O PT é bom de marketing e ruim de administração, pois tenta cobrir sua falta de gestão com propaganda.”

Carlos Roberto afirma que a “o partido tem como marca a péssima forma de tocar a coisa pública”.

Compromissos utópicos

→ Segundo “O Globo”, Dilma também prometeu a criação de 2.883 postos de polícia comunitária durante os quatro anos de governo, o que equivale a 720 por ano, com investimento de R$ 1,6 bilhão. O orçamento de 2011 destinou R$ 350 milhões para o programa, porém nenhum valor foi liberado.

→ Outra promessa foi a construção de 6.116 quadras esportivas cobertas nas escolas e a cobertura de mais de quatro mil até 2014 em parceria com estados e municípios. Foram destinados R$ 479,5 milhões para a implantação de 1.500 unidades, mas apenas R$ 46,4 milhões foram desembolsados.

→ A compra de veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) foi outro compromisso assumido, para patrulhamento mais eficaz das fronteiras e combate ao tráfico de armas e entorpecentes. Foram destinados R$ 73,6 milhões, recursos suficientes para a aquisição de dois Vants, mas a execução mostra que nenhum veículo vai sair do papel este ano: apenas R$ 259 mil foram gastos.

→ No setor educacional, a promessa foi a construção de seis mil creches. Para este ano, o orçamento estabeleceu R$ 891 milhões e a meta seria a implantação de 1.500, por meio de repasses às prefeituras. O valor contratado chega a R$ 877 milhões, mas os valores estão em R$ 184,2 milhões.

(Reportagem: Laize Andrade / Fotos: Paula Sholl / Áudio: Elyvio Blower)

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26 setembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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