Direito democrático


Instituição do voto aberto estimula transparência no Congresso, defendem tucanos

Nessa terça-feira (20) será lançada a Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto, bandeira que vem sendo defendida por tucanos após a votação da cassação de Jaqueline Roriz (PMN-DF), flagrada recebendo R$ 50 mil de um esquema de corrupção no Governo do Distrito Federal.

Para os deputados Luiz Nishimori (PR) e Marcus Pestana (MG), a sociedade espera transparência e coerência do Congresso. Segundo os tucanos, o voto secreto alimenta a desconfiança da população com o sistema político.

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Nishimori diz que o voto aberto precisa ser instituído para garantir o direito democrático dos eleitores que escolhem seus mandatários. “Temos que mostrar a transparência ao povo de todo Brasil. Tudo que votamos tem que ter transparência. Eu não tenho dificuldade nenhuma de mostrar o meu voto. Voto tem que ser aberto, declarado, é uma coisa muito séria”, disse.

Para Marcus Pestana, a população vive um momento de incertezas diante de tantos escândalos de corrupção sem punição. Ele acredita que o voto aberto, como propõe o PSDB, pode ser o fim de muitos casos de impunidade. “Precisamos varrer toda essa poeira, essa contaminação existente da relação entre o Congresso e a sociedade. É preciso cada vez mais atrair as pessoas para a vida política, as pessoas honestas, éticas, corretas não podem se afastar da atividade pública”, pontuou.

O objetivo da frente é pressionar a Câmara a votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui o voto aberto no parlamento. O texto foi aprovado em primeiro turno em setembro de 2006, mas precisa ser analisado em segunda fase. Até agora, 194 deputados assinaram a lista para a instalação da frente.

(Reportagem: Artur Filho/Foto: Paula Sholl/Áudio: Elyvio Blower)

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19 setembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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