Subfinanciamento


Caos da saúde pública não será resolvido de imediato com Emenda 29, avalia Marcus Pestana

Na avaliação do deputado Marcus Pestana (MG), os problemas da saúde pública não serão resolvidos de imediato com a regulamentação da Emenda 29.  Durante pronunciamento nessa quinta-feira (15), ele afirmou que é preciso esclarecer a população sobre as mudanças propostas.

Pestana argumentou que é preciso ponderar e conduzir a aprovação com um tom correto, sereno, educativo e pedagógico para não induzir a sociedade ao erro. “Quais são os mitos que estarão sendo jogados na votação da Emenda 29, na próxima semana? Primeiro, que não há subfinanciamento, que o problema é gestão. É evidente que há problemas de administração, mas a falta de recursos é clara, é só comparar com o custo da saúde complementar. Pela média etária, um jovem vai pagar R$ 2,5 mil por ano, e, um idoso, R$ 14 mil. A média é de R$ 5 a R$ 6 mil. O SUS possui R$ 750 per capita por ano”, apontou.

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Marcus Pestana ressalta que bancar o setor é igual uma maratona de 42 quilômetros, não uma corrida de 100 metros.  “Não podemos criar a expectativa de que, na semana que vem, estaremos resolvendo isso”, ponderou.

O parlamentar lembra que, enquanto o governo brasileiro investe R$ 750 por paciente do SUS, a Argentina aplica US$ 820, Portugal US$ 1.890, Espanha US$ 2.200 e os Estados Unidos US$ 3.600. Ele disse também que é preciso acabar com esse mito de que a saúde só tem salvação se for criado um novo imposto.

Segundo o tucano, basta a presidente Dilma diminuir o número de ministérios, enxugar a máquina e modernizar o Estado. “A carga tributária chegou ao limite, não cabe novo imposto. Mas é possível reduzir os juros, gastamos R$ 200 bilhões com o pagamento de juros, colocamos R$ 370 bilhões no BNDES para emprestar às grandes empresas. Então tem espaço fiscal dentro de um ajuste estrutural”, destacou.

O deputado afirma que o PSDB vai votar pela regulamentação da Emenda 29, mas é totalmente contra a criação de impostos. Ele espera que o Senado derrube a retirada do Fundeb, senão o país perderá dinheiro.

(Reportagem: Artur Filho/Foto: Saulo Cruz/Ag. Câmara/Áudio: Elyvio Blower)

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16 setembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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