Queda na competitividade


Falta gestão eficiente para aperfeiçoar infraestrutura brasileira, avaliam deputados

A infraestrutura brasileira se revela precária e gera consequências negativas para o país. A avaliação é dos deputados João Campos (GO) e Alberto Mourão (SP) ao analisarem a queda no ranking global de competitividade do Fórum Econômico Mundial. A nação piorou em relação ao resto do mundo pelo segundo ano consecutivo, ao despencar do 84º para o 104º lugar. Na opinião dos parlamentares, o Custo Brasil e a má administração são cruciais para que o cenário se torne cada vez mais crítico.

“O Brasil cresce à revelia do governo, que não consegue investir de forma adequada para fazer frente a esse crescimento. Isso é muito ruim, pois gera prejuízos para o país, que poderia se desenvolver muito mais se a gestão não atrapalhasse”, destacou João Campos.

Segundo o deputado, é preciso ter menos marketing e mais ações, trabalhando por empregos e inclusão social. “Temos um conjunto de consequências que não existiriam se o governo fosse eficiente e executasse suas propostas”, afirmou.

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Entre os efeitos dessa defasagem está a paralisia da indústria de transformação, que corresponde a 62% do setor industrial. Pelos números do PIB, sua expansão foi de apenas 1% comparada a outras áreas entre julho de 2008 e julho de 2011. Apesar da crise e do excesso de oferta mundial, acredita-se que o problema é estrutural e não conjuntural.

“Eu diria que estamos parados em relação aos outros países e isso é culpa de uma falta de reengenharia administrativa. O Estado brasileiro precisa fazer uma discussão do Custo Brasil. A máquina continua gastando muito sem fazer nada. Não consegue realizar os investimentos mínimos”, destacou Alberto Mourão.

“Faltam recursos, mas eles não conseguem sequer investir o que têm. Não existe uma gestão eficiente capaz de tirar as metas do papel”, disse. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é exemplo disso. Principal bandeira petista, o conjunto de ações não sai do papel. Neste ano, dos R$ 40 bilhões destinados ao projeto, apenas R$ 3,2 bilhões foram efetivamente pagos, ou seja, 7,9%. Somados, todos os empenhos emitidos não atingem 33%. Para Mourão, se o governo controlasse os gastos poderia investir mais e reduzir a carga tributária.

Estradas precárias

→ De acordo com o ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial, a qualidade das estradas brasileiras caiu 13 posições e está entre as 25 piores estruturas dos 142 países analisados. Já a qualidade dos portos caiu sete posições e está entre os 13 piores sistemas portuários estudados.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Paula Sholl/ Áudio: Elyvio Blower)

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13 setembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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