Preços em alta


Agravada pela gastança do Planalto, inflação afeta os mais pobres, avaliam deputados

Economistas, os deputados Vaz de Lima (SP) e Marcus Pestana (MG) consideram que a inflação, que nos últimos 12 meses acumulou 7,23%, a maior alta desde 2005, prejudica as pessoas de menor renda. Para os tucanos, o aumento foi agravado pela gastança desenfreada do governo. De acordo com o jornal “O Globo”, os preços dos alimentos subiram 0,72% e foram os principais responsáveis pela aceleração do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – indicador oficial).

“A inflação penaliza especialmente os de menor poder aquisitivo, por isso vejo com muita preocupação a volta dela. A crescente alta dos preços e a queda do Produto Interno Bruto (PIB) geram desemprego e instabilidade. Esses movimentos podem trazer grandes prejuízos para a população”, alertou Vaz de Lima.

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Para Marcus Pestana, o governo está perdido e não sabe controlar a situação. Segundo ele, é preciso que haja uma sinalização clara de rumos. “A inflação dos mais pobres é a maior de todas. Ela ameaça fugir de controle e está num patamar preocupante. Não podemos permitir que isso aconteça”, declarou. “É preciso uma administração firme, decidida, e não é isso que temos visto na área econômica da gestão Dilma”, completou o tucano.

De acordo com analistas, o IPCA irá superar o teto da meta fixada para este ano, de 6,5%. Para os tucanos, os custos da máquina pública agravam o problema. “Gastar desenfreadamente agrava o problema da economia de um país como o nosso”, disse Vaz de Lima.

“Temos uma máquina agigantada, pesada, que não reflete no dia a dia da população serviços eficientes. O custo fica elevado, a gastança vai em frente e a resposta é o aumento da inflação”, explicou Marcus Pestana.

Para o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), já passou da hora de o governo fazer o ajuste fiscal. “A inflação tira da família brasileira o poder de compra. São as pessoas mais pobres que pagam a conta pela falta de eficiência do governo. O custo da máquina pública aumentou R$ 28 bilhões nos últimos sete meses. O governo está arrecadando mais, mas, infelizmente, com uma enorme gastança”, afirmou durante pronunciamento em plenário.

Alimentos mais caros

→ Os dados sobre a inflação foram divulgados menos de uma semana após o Banco Central reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual.

→ Segundo o “O Globo”, a inflação mais que dobrou de junho (0,16%) para agosto (0,37%). No mês, os alimentos voltaram a puxar a inflação e o grupo, sozinho, representou 45% do índice. Houve alta no arroz, no feijão, na carne, no frango. A refeição típica do brasileiro.

→ No ranking dos alimentos que mais subiram de preço no ano, estão chuchu (com alta de 70,84%), tomate (43,48%), pimentão (32,65%) e brócolis (29,54%). Já a carne subiu 17,10% no ano.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Fotos: Paula Sholl/ Áudio: Elyvio Blower)

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8 setembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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