Condições precárias


Falta de infraestrutura em universidade de PE mostra que PT não valoriza qualidade

A falta de infraestrutura verificada em campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco, em Garanhuns, lançada pelo governo Lula como pioneira na interiorização do ensino superior no Brasil, revela que o PT prioriza a quantidade em detrimento da qualidade, afirmam os deputados Rogério Marinho (RN) e Romero Rodrigues (PB).

De acordo com reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, a unidade enfrenta problemas como esgoto a céu aberto, falta de professores, salas de aula, laboratórios, segurança e água, além de alunos trabalhando no lugar dos funcionários.

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“Este é um exemplo de universidade que é implantada sem o planejamento adequado, desde a contratação e treinamento de professores até o mínimo de estrutura física necessária. Foi priorizado muito o marketing eleitoral sem a preocupação fundamental que é a qualidade dos novos cursos ofertados”, apontou Marinho.

O tucano defendeu uma revisão de critérios e um olhar cuidadoso do Ministério da Educação para corrigir as distorções que ocorreram em função da expansão não planejada. “Dessa forma, será possível prevenir que problemas como esses não ocorram no futuro. Seguramente, quem sai prejudicada é a sociedade e os jovens brasileiros que acreditaram na proposta”, concluiu.

Romero acrescentou que a situação mostra o descompromisso do Executivo federal com a educação. “O governo está primando pela quantidade. É importante expandir o ensino público, mas não adianta fazer sem a qualidade, fundamental para preparar os adolescentes para o mercado de trabalho”, disse.

→ No momento em que a presidente Dilma ministrava aula inaugural no curso de Medicina da Universidade Estadual de Pernambuco, professores e alunos do campus de Garanhuns da Universidade Federal Rural de Pernambuco, a cinco quilômetros dali, anunciavam que a instituição “está em coma profundo, na UTI, precisando de uma junta médica para salvá-la”.

→ A aula inaugural para alunos de Agronomia estava sendo dada, na terça-feira (30), no auditório – com cadeiras empilhadas -, por falta de sala. “A dificuldade é tão grande para entrar aqui e, quando chegamos, vemos que a dificuldade é ainda maior para sair aprendendo alguma coisa”, resumiu o calouro Hugo Amadeu.

→ Apesar de o forte da instituição ser o curso de ciências agrárias, os professores lembram que a universidade não dispõe de um único hectare para trabalho experimental e os estudantes de engenharia de alimentos estão prestes a concluir o curso sem aula prática.

→ Embora a Universidade Federal Rural de Pernambuco tenha dois campus problemáticos (Garanhuns e Serra Talhada), a petista anunciou a criação de um terceiro, no mesmo estabelecimento, agora em Cabo de Santo Agostinho.

(Reportagem: Letícia Bogéa / Foto: / Áudio: Elyvio Blower)

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1 setembro, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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