Segurança frágil
Deputados cobram ações para conter violência contra juízes ameaçados pelo crime organizado
Os deputados João Campos (GO) e Fernando Francischini (PR) cobraram nesta segunda-feira (15) ações do governo federal para conter a violência contra magistrados ameaçados pelo crime organizado. Eles pedem a liberação de recursos para que os estados tenham estratégias de segurança.
Com o assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, na última quinta-feira (11), no Rio de Janeiro, Fernando Francischini destaca que o país não pode ficar vulnerável aos bandidos. “Não podemos agora sucumbir às pressões de marginais, principalmente no caso dos juízes que atuam em varas especializadas de combate ao crime organizado. Acho que o Estado tem que estar presente dando respaldo para que essas autoridades possam atuar”, ponderou.
baixe aquiPara João Campos, o grande problema da violência é a falta de investimento na segurança pública. Segundo ele, o crime organizado precisa sentir a mão forte dos órgãos de repressão. “Isso é uma demonstração da incompetência em enfrentar a violência. Toda vez que o Estado se demonstra frágil, inoperante, ineficiente, incompetente nesta área, evidentemente que o crime se fortalece e faz o enfrentamento”, afirmou.
O tucano criticou a presidente Dilma Rousseff, que engavetou o Plano Nacional de Repressão aos Homicídios, que previa investimentos de R$ 5 bilhões para inibir a violência contra a vida. O tucano ressalta que existem boas leis para combater o crime, mas falta disposição do governo em liberar os recursos e dos governadores em atuar nos estados, como vêm sendo feito em São Paulo e Minas Gerais, administrados pelo PSDB. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que 100 juízes estão sob risco de morte. E o número pode ser maior, uma vez que os tribunais ainda não repassaram informações ao conselho.
(Reportagem: Artur Filho/Fotos: Paula Sholl/Áudio: Elyvio Blower)
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