Inversão de prioridade


Crise política que paralisou votações da Câmara prejudica população brasileira

A crise política instalada no governo que paralisou as votações da Câmara prejudica, em especial, a sociedade brasileira. Na avaliação do líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), e do deputado Antonio Imbassahy (BA), o desgaste na relação da base aliada com o Planalto impede o avanço de projetos fundamentais para o desenvolvimento do Brasil. Os tucanos acreditam que a má articulação da presidente Dilma e os escândalos de corrupção reforçam a falta de compromisso da gestão petista.

A prioridade que vem do Executivo federal para o semestre é a aprovação de medidas econômicas, conforme destacou o jornal “O Globo” na edição desta sexta-feira (12). Está na mira a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prorroga a possibilidade da administração federal utilizar livremente 20% de toda arrecadação. A Desvinculação de Receitas da União (DRU) dá ao governo mais liberdade para manusear o Orçamento.

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Na outra ponta, aliados pedem a liberação de recursos das emendas parlamentares e a conclusão da votação da regulamentação da Emenda 29, que estabelece gastos mínimos para a União, estados e municípios aplicarem na saúde. A pauta da Câmara, no entanto, traz uma inversão de prioridades: ao invés do projeto que fortalece a área, o PT defende a matéria que cria uma nova empresa pública, a Hospitalbras, alvo de críticas.

Nogueira criticou a “greve branca” patrocinada por aliados nesta semana. Segundo ele, a conta dessa instabilidade será paga pelos brasileiros. “A tarefa do PSDB é trabalhar pelo Brasil. No calendário da presidência da Câmara, a votação da regulamentação da emenda 29 ficou para o fim da lista. O Executivo faz corpo mole para votá-la. Por outro lado, cria gastos com a criação de mais uma empresa”, afirmou o líder pelo Twitter. A estatal poderá contratar sem concurso.

Para Imbassahy, o cenário turbulento começa com a má gestão de Dilma, com obras atrasadas e um “PAC que é fracasso absoluto e se agrava com a crise de natureza moral e ética”. Segundo o tucano, a União está sem rumo e não consegue fazer agenda de acordo com os interesses da população.

“Dilma insiste numa pauta que não corresponde às necessidades nacionais. Não bastasse o trem-bala, uma insanidade completa, agora não quer votar o que é realmente de interesse da população, melhorando o funcionamento da rede pública de saúde”, reprovou.

“O PSDB manterá a posição histórica de sempre estar ao lado dos interesses nacionais. Nossa postura será sempre responsável, mas não concordamos com essa incompetência na administração pública”, afirmou.

(Reportagem: Djan moreno/ Foto: Paula Sholl/ Áudio: Elyvio Blower)

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12 agosto, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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