Acessibilidade nos aeroportos

Tucanos exigem fiscalização no atendimento prestado por companhias aéreas aos passageiros com deficiência

Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, os deputados Eduardo Azeredo (MG) e Mara Gabrilli (SP) cobraram fiscalização mais rigorosa no atendimento de companhias aéreas aos passageiros com deficiência e mobilidade reduzida. Mara apontou inúmeras dificuldades enfrentadas pelo grupo, como constrangimento no embarque e desembarque, extravio de cadeira de rodas e falta de treinamento dos funcionários.

Em março deste ano, a deputada ficou presa por duas horas no interior de um avião no aeroporto internacional de Guarulhos após se recusar a sair sem o ambulift – elevador para cadeirantes. A aeronave havia parado fora das áreas de fingers – passarelas que levam aos portões de embarque.

Na opinião da tucana, é preciso investir para melhorar a acessibilidade nos terminais. “Treinamento, compra de equipamentos, isso tem que ser colocado em todos os aeroportos, sejam pequenos ou grandes”, destacou. Segundo ela, um atendimento diferenciado faz a diferença.  “É preciso ter um movimento grande de todos os atores, para que trabalhem em conjunto a fim de construir espaços mais acessíveis”, reforçou.

Mara exige que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aumente a fiscalização. Segundo ela, a resolução que estabelece obrigações às companhias aéreas e à administração aeroportuária no atendimento às pessoas com deficiência não tem sido cumprida.

Eduardo Azeredo completa: “Temos que ter uma fiscalização mais adequada nesta questão, seja na venda de passagens, do cão-guia e outros fatores que envolvem o direito das pessoas com deficiência em relação às companhias aéreas”.

(Reportagem: Laize Andrade/Fotos: Eduardo Lacerda/Áudio: Elyvio Blower)