Diagnóstico antecipado

Projeto de Andreia Zito regulamenta exames preventivos e tratamento de câncer de próstata pelo SUS

A deputada Andreia Zito (RJ) apresentou projeto de lei com objetivo de regulamentar a realização de exames preventivos de câncer de próstata pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para todos os homens a partir dos 45 anos. O procedimento deverá ser realizado no prazo máximo de 20 dias, quando solicitado por médicos credenciados do SUS. Além disso, se for detectada a existência de lesões suspeitas, o diagnóstico e posterior encaminhamento aos serviços especializados para tratamento deverá ocorrer em até 30 dias, contados da data de realização dos testes.

Com a proposta, a tucana pretende iniciar uma discussão sobre o problema. “Até a presente data, a situação ainda não é merecedora de atenção do poder público e de soluções urgentes que servirão para minimizar os problemas que o câncer de próstata já está provocando no seio da nossa sociedade”, lamentou.

Atualmente, o câncer de próstata é o terceiro tumor maligno mais diagnosticado no Brasil e o quinto que mais leva ao óbito. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, em 2011 serão diagnosticados 14.830 pacientes e ocorrerão 6.850 mortes relacionadas à doença. As estatísticas, que indicam a elevada prevalência da doença, justificam os programas de rastreamento.

Para prevenir, homens a partir dos 45 anos devem comparecer anualmente ao urologista. Dessa forma, os especialistas terão como identificar a doença em estágio inicial, podendo promover a cura e o tratamento adequado nos estágios posteriores. Caso o câncer seja confirmado, exames deverão ser solicitados para que se possa descobrir se o tumor está confinado à próstata ou se já invadiu órgãos como bexiga, vesículas seminais ou reto.

Andreia Zito destaca que o paciente, diante das dificuldades encontradas no atendimento público, desiste de fazer os procedimentos necessários, ficando exposto ao risco de não descobrir o problema em fase inicial. “O câncer é uma doença que não espera, pois quem espera com ela morre”, afirmou.

A deputada reforça: “Mas, onde essa população do sexo masculino poderá encontrar toda essa assistência integral à sua saúde, com a inclusão de todo o tratamento preventivo, detecção e controle da doença, quando diagnosticada, que não seja pelo SUS por meio dos seus serviços, próprios, conveniados ou contratados”.

(Reportagem: Laize Andrade/Foto: Paula Sholl)