Aloprados
PSDB apresenta requerimento para ouvir ministra Ideli na Câmara
O PSDB apresentou nesta terça-feira (28) requerimento de convocação para a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, esclarecer suposto envolvimento na compra de falso dossiê contra o então candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra, em 2006. O documento foi apresentado à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle e está na pauta de votações de quarta-feira (29).
Reportagem da revista “Veja” afirma que Ideli teria participado de reunião no gabinete do atual ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, com outras três pessoas 11 dias antes da apreensão de R$ 1,75 milhão e da prisão dos aloprados.
Também estão na pauta da comissão três convites. Um deles direcionado a Carlos Abicalil, que teria atuado na fabricação de um documento falso no Mato Grosso, e outro a Hamilton Lacerda, Jorge Lorenzetti, Gedimar Passos, Osvaldo Bargas e Freud Godoy, envolvidos no escândalo. O terceiro chama para audiência a ex-senadora Serys Slhessarenko. Segundo ela, Expedito Veloso admitiu que integrantes do PT haviam montado dossiês. Os quatro pedidos são assinados pelo deputado Vanderlei Macris (SP).
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O colegiado ainda apreciará dois requerimentos sobre Mercadante, além de um convite a Expedito Veloso, protocolados na semana passada. Já a Comissão de Ciência e Tecnologia votará na reunião desta quarta (29) dois pedidos para o ministro, um deles questionando a inoperância da Ceitec (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica).
Para o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), a ida de Mercadante ao Senado ontem (28) não encerrou a discussão. “O ministro não conseguiu convencer. Há uma testemunha do PT acusando-o de ser um dos mentores do plano. Esse é um fato de extrema relevância e que deve ser apurado. Por isso a necessidade de os denunciados comparecerem à Câmara.”
Para Macris, não há base na sustentação do petista de que o inquérito policial e as decisões judiciais o inocentam. “O depoimento mais importante que o envolve diretamente, não só com a articulação do plano, mas com a arrecadação, foi dado agora por um dos aloprados. Se fosse naquele momento, a posição do Judiciário seria outra”, declarou.
Mentor e beneficiário
→ Para o PSDB, o relatório da Polícia Federal não apontou de forma conclusiva a origem do dinheiro, nem os mandantes intelectuais do crime. Os dois aspectos permaneciam envoltos em mistérios até recentemente.
→ O assunto voltou à tona há duas semanas com reportagem da revista “Veja”, em que o atual secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, ExpeditoVeloso, afirmou que o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, seria o mentor e beneficiário da compra do dossiê.
(Reportagem: Alessandra Galvão, Marcos Côrtes e assessoria da Liderança do PSDB na Câmara/Fotos: Paula Sholl/Áudio: Elyvio Blower)
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