Só no papel


Tucanos criticam lentidão em obras prometidas por Dilma durante a campanha eleitoral

Os deputados César Colnago (ES) e Romero Rodrigues (PB) demonstraram preocupação com a pífia execução das propostas feitas pela presidente Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral. A construção de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e de postos de polícia comunitária são exemplos de projetos que não saíram do papel, como aponta reportagem do jornal “O Estado De S. Paulo”. De acordo com os tucanos, a morosidade é resultado da soma de dois fatores: incompetência gerencial e a gastança promovida pelo ex-presidente Lula.

Durante as eleições, Dilma prometeu construir 500 UPAs para prestar atendimento rápido à população. O Orçamento deste ano prevê a destinação de R$ 212,5 milhões para os empreendimentos, mas até 31 de maio nada havia sido utilizado. Também continuam na promessa 8 mil Unidades Básicas de Saúde. Na segurança, 2,8 mil postos comunitários não saíram do papel. A situação se repete com as 800 Praças do PAC – espaços integrados de esporte, cultura, lazer e serviços públicos – prometidas pela então candidata. Todos os projetos são estrelas do PAC 2.

Play
baixe aqui

Para Colnago, as promessas da presidente eram puramente eleitoreiras e não tinham condições de serem cumpridas. “Pintaram a figura de uma candidata que não era real, assim como a realização dessas obras. Agora se começa a observar que era puro marketing. O governo está praticamente paralisado”, apontou. Segundo o tucano, a gastança desenfreada promovida sob o comando de Lula e Dilma deixou uma herança complicada para o atual governo.

Para se ter ideia, 92% dos R$ 9,8 bilhões desembolsados este ano com o PAC serviram só para pagar despesas pendentes deixadas por Lula, os chamados restos a pagar. Apenas R$ 801 milhões se referem a gastos autorizados no Orçamento de 2011. Além disso, restam R$ 24 bilhões de faturas a quitar. “As coisas estão completamente sem rumo”, apontou Colnago.

Para Rodrigues, é natural que o quadro seja de paralisia total, já que as promessas visavam apenas obter resultado nas urnas, e não sanar os problemas de setores básicos. “O grande prejudicado em tudo isso é o cidadão brasileiro que enfrenta dificuldades na área de saúde e da segurança pública, onde há um caos instalado com problemas em todos os estados. Não há nada concreto por parte do governo federal. As obras do PAC poderiam estar em andamento, mas estão apenas quitando restos a pagar da gestão anterior. Infelizmente, não conseguimos visualizar algo novo dessa gestão”, criticou.

(Reportagem: Djan Moreno/ Fotos: Paula Sholl/ Áudio: Elyvio Blower)

Compartilhe:
7 junho, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *