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Francischini apresenta habeas corpus no STJ em prol de bombeiros do RJ

O presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública, deputado Fernando Francischini (PR), apresentou no Superior Tribunal de Justiça (STJ) um habeas corpus coletivo a favor de 439 bombeiros militares do Rio de Janeiro. Eles foram detidos no último sábado (4) durante movimento de reivindicação salarial. Os bombeiros querem aumento no piso de R$ 950 para R$ 2 mil.

Na sexta-feira (3), os militares realizaram uma manifestação pacífica e ocuparam o pátio do quartel da corporação. O governador do Estado, Sérgio Cabral, determinou a invasão do local pelas forças de segurança e alguns dos manifestantes foram presos.

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O habeas corpus impetrado por Francischini busca ordem judicial para que o governo do Rio de Janeiro não leve os profissionais detidos na Corregedoria da Polícia Militar e no Batalhão Especial Prisional para a Penitenciária de Bangu ou prisões militares, onde há policiais acusados de crimes graves, como tráfico de drogas e formação de milícias. Na ação, o deputado solicita ainda que os bombeiros respondam em liberdade.

“Os bombeiros são uma categoria especial e não podem ser tratados como criminosos comuns”, declarou Francischini. “Não somos a favor de invasão de quartéis e nem de movimentos violentos. Mas um movimento que no desespero das famílias que ganham menos de R$ 950 por mês como soldado merece uma atenção especial”, completou.

Para o tucano, o governador tomou uma atitude precipitada ao mandar prendê-los. “O governador tomou um atitude rápida demais. Ele deveria ter negociado melhor”, afirmou. “Eu não vejo os bombeiros como vândalos, irresponsáveis e nem mesmo que usaram crianças e mulheres como escudos humanos”, disse o deputado ao declarar que a manifestação foi pacífica.

Fernando Francischini afirmou não concordar com o uso da força do Batalhão de Operações Especiais (Bope) contra os integrantes da corporação. Segundo o tucano, este tipo de operação tática deveria ser usada para prender traficantes e drogas nos morros. “Porque não usam o Bope contra o movimento sem terra, contras as milícias. Vão usar o Bope contra os bombeiros que são nossos heróis do dia a dia, que estão passando uma situação vexatória de dignidade dos seus salários”, lamentou.

O tucano teve apoio no Paraná por diversas categorias profissionais do Corpo de Bombeiros, que solicitaram sua intervenção.

Atualizado às 18h.

 

(Reportagem: Laize Andrade/ Foto: Paula Sholl/Áudio: Elyvio Blower)

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6 junho, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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