Sem perspectiva


Com PT, Brasil perderá luta contra o tráfico de drogas e armas, alertam deputados

O contrabando de armas que entram pela fronteira e o tráfico de drogas internacional têm destruído e ceifado um número crescente de vidas, levando o Brasil às cordas na luta contra a violência. Essa é a avaliação dos deputados Fernando Francischini (PR), Delegado Waldir (GO) e João Campos (GO). Uma série de matérias da Rede Globo mostra a vulnerabilidade desse território e reforça a tese dos tucanos.

Há nove anos, a Globo revelou a fragilidade das fronteiras frente ao contrabando de armas e drogas. No poder nos últimos oito anos, o PT nada fez, segundo os tucanos, para melhorar o cenário. Ao todo, o Brasil dispõe de 27 postos de fiscalização da Receita Federal para 17 mil quilômetros de fronteira. O governo tem apenas 1,6 mil homens para fiscalizar o território.

Play
baixe aqui

Delegado da Polícia Federal, Francischini afirma que os investimentos do governo para controlar a entrada de armas e drogas ficaram nos discursos de campanha da hoje presidente Dilma Rousseff. Houve corte no orçamento da PF, adiamento de concurso e o veículo aéreo não tripulado (Vant) não decolou. “Não podemos considerar segurança pública como custo e, sim, como investimento para diminuir a violência, o número de mortes e de drogas no país.”

Na opinião de João Campos, falta compromisso do governo para enfrentar a criminalidade e a violência. Segundo o tucano, delegado da Polícia Civil, o país precisa firmar acordos de proteção das fronteiras com as nações vizinhas. “É preciso que o governo saia do discurso, da retórica e comece a adotar providências práticas, programas com dinheiro e investimento.”

Para Waldir, o governo brasileiro tem a obrigação de cobrar providências dos países fronteiriços, ao invés de destinar valores astronômicos para acordos bilaterais. “Deveria exigir contrapartida do Paraguai, Bolívia, Colômbia e Peru, países de onde vêm as drogas e armas”, disse o tucano, que também é delegado da Polícia Civil. O Brasil é cercado por dez nações.

Tesoura afiada

Em sua Carta de Formulação e Mobilização Política, o Instituto Teotônio Vilela informa que o Paraguai é a principal fonte de armas contrabandeadas para o Brasil, e 60% da cocaína importada para consumo vêm da Bolívia. Os cortes levaram embora 36% da verba destinada ao Ministério da Justiça neste ano. Dos R$ 4,2 bilhões previstos, a tesoura de Dilma retalhou R$ 1,5 bilhão.

(Reportagem: Artur Filho / Fotos: Paula Sholl / Áudio: Elyvio Blower)

Compartilhe:
2 junho, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *