Falta gasolina


Avião comprado para fiscalizar fronteiras está parado por falta de planejamento, avaliam deputados

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, deputado Carlos Alberto Leréia (GO) e o deputado Delegado Waldir (GO) acreditam que a incompetência e a falta de planejamento do governo federal impedem que o avião Vant (não tripulado) comece a fazer a fiscalização nas fronteiras. O jornal “Folha de S. Paulo” informa que o avião israelense comprado por R$ 50 milhões chegou ao Brasil há mais de um mês, mas não há combustível para os voos. Um pregão eletrônico aberto para escolher o fornecedor de 12 mil litros de gasolina de avião, pelo prazo de um ano, foi cancelado por falta de candidatos. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta sexta-feira (29) que a aeronave deve começar a operar só a partir de setembro.

Carlos Alberto Leréia lamentou o fato, já que a principal promessa durante a campanha eleitoral de Dilma Rousseff era o combate ao tráfico de drogas e armas e ao contrabando na fronteira. “Ela tinha que priorizar o caso porque a entrada de drogas e armamentos no Brasil é a causa da violência urbana nesse país. Isso é um negócio que não pode esperar. Essa gasolina era para ontem. Eu espero que a presidente  possa tomar uma decisão urgente e determinar que abasteçam essa aeronave e ela possa cumprir o seu papel, porque custou muito dinheiro do povo brasileiro”, disse.

Na opinião do deputado Delegado Waldir, falta preparo e conhecimento do governo para resolver um problema de fácil solução, que é a compra da gasolina para o avião. “Na verdade é um governo que parece não entender de segurança nem de planejamento. E com isso continua a destruir a família brasileira com a entrada de drogas e armas no Brasil”, destacou.

Custos

Segundo o jornal “Folha de S. Paulo”, o custo do combustível para o avião Vant fazer a fiscalização na fronteira é de cerca de R$ 60 mil por trimestre. O avião é guiado por controle remoto, voa a uma altitude média de 5 mil metros e tem capacidade de fotografar a placa de um carro em alta definição. Ele é importado de Israel e está parado em um galpão no aeródromo de São Miguel do Iguaçu, a cerca de 40 km de Foz de Iguaçu, no Paraná. Se o avião estivesse em Brasília, ele poderia usar combustível de outros aviões da própria polícia federal. O sistema completo, com 15 aviões a quatro estações de controle em terra, está orçado em R$ 540 milhões e deve ficar pronto em 2015.

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(Reportagem: Artur Filho/Foto: Brizza Cavalcante/Ag. Câmara/ Áudio: Elyvio Blower)

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29 abril, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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