Baixa renda excluída


“Minha Casa, Minha Vida” vende ilusões com o sonho da casa própria, afirmam parlamentares

O programa do governo federal “Minha Casa, Minha Vida” não passa de ilusão, criticaram os deputados Antonio Carlos Mendes Thame (SP) e Vaz de Lima (SP). Eles se referem a matéria publicada pelo jornal “Folha de S.Paulo” que alerta para a exclusão da população de baixa renda de São Paulo. O programa habitacional completou dois anos sem entregar nenhum imóvel a famílias da capital paulista que recebem até três salários mínimos (R$ 1.395). Segundo o jornal, a Caixa Econômica Federal informou, em nota, que o principal entrave é o custo dos terrenos em São Paulo, maior do que nas demais cidades do país.

Para Mendes Thame, o “Minha Casa, Minha Vida” é mais uma peça pregada pelo PT na população mais pobre. “É mais um fracasso, quase completo. Só comparável ao Fome Zero do governo federal. É uma venda de ilusões para os mais pobres, para aqueles com renda de um a três salários mínimos. É uma absoluta farsa. O governo não consegue, mesmo com subsídio, induzir as empresas a fazer casas para essa população mais pobre”, opinou. O deputado afirma ainda que o governo de Dilma continua no mesmo embalo do de Lula, dando falsas esperanças aos brasileiros.

De acordo com Vaz de Lima, esse fenômeno não acontece só em São Paulo, mas em todo o Brasil. O tucano ressalta que os trabalhadores de baixa renda não conseguem financiar a tão sonhada casa própria. Segundo o tucano, o “Minha Casa, Minha Vida” não passa de uma propaganda enganosa.  O parlamentar defende que o governo federal deveria se espelhar no programa habitacional do governo do estado de São Paulo, que atende de fato à população mais pobre. “Quem mora em São Paulo sabe que o estado produz casa para os mais pobres. Os outros têm o Sistema Financeiro Habitacional (SFH), que pode socorrer”, concluiu.

De acordo com reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, para a iniciativa privada, o alto custo de produção, incluindo preço do terreno e infraestrutura de água e esgoto, não cabe no teto de R$ 52 mil por unidade. Esse é o preço definido pelo governo para os imóveis destinados à baixa renda.

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(Reportagem: Artur Filho/Foto: Eduardo Lacerda e Luiz Alves/Ag. Câmara/Áudio: Elyvio Blower)

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15 abril, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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