Suspeita de corrupção


Relator do processo de cassação de Jaqueline Roriz pede à Polícia Federal provas sobre o caso

O deputado Carlos Sampaio (SP), relator do processo de cassação da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), foi recebido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa nessa quinta-feira (14). Sampaio informou que encaminhará ofício à Polícia Federal para que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara receba os vídeos, áudios e documentos que detalham a conduta da deputada. O ministro já havia autorizado o compartilhamento dos arquivos em que Jaqueline aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa, operador e delator do esquema de corrupção no Governo do Distrito Federal.

O tucano destacou que, de posse das cópias das provas, a investigação será mais rápida e poderá ser concluída em menos de 90 dias. De acordo com Sampaio, os próximos passos do conselho serão identificar as provas que já constam do inquérito e buscar as informações que faltam. “Diante disso, vamos definir quais provas vamos fazer, se é que serão necessárias novas provas”, afirmou. O deputado antecipou que a fase mais difícil será a discussão pra decidir se o Conselho de Ética tem poderes para julgar fatos ocorridos antes de Jaqueline ter sido eleita deputada federal.

“Será definido se o Conselho de Ética tem ou não legitimidade para julgar uma parlamentar que praticou fatos tido como ilícitos em data anterior ao início do mandato. A segunda fase é quanto ao mérito, se aquilo que ela praticou constitui ou não ato atentatório ao Decoro Parlamentar”, ressaltou. Durante a audiência, Carlos Sampaio comentou que, segundo explicou o ministro Joaquim Barbosa, não há segredo de justiça no inquérito que investiga a deputada. O parlamentar argumenta que Jaqueline terá amplo direito de defesa e que não haverá julgamento prévio, apesar das fortes imagens mostradas pela imprensa.

Vídeo
Em 2006, quando Jaqueline Roriz era candidata a deputada distrital, ela foi filmada por Durval Barbosa ao lado do marido, Manoel Neto, recebendo um pacote de dinheiro com R$ 50 mil de um suposto esquema de fraude montado no Governo do Distrito Federal.

Renúncia
Depois de conversar com integrantes do Conselho de Ética, a deputada disse que não vai renunciar. Ela afirmou que tem a consciência limpa e que não iria comentar as imagens para não prejudicar sua defesa.

Cassação
O pedido de cassação contra Jaqueline foi apresentado ao Conselho de Ética pelo Psol, no dia 16 de março. Os parlamentares também devem analisar a denúncia de que a deputada usou verba do gabinete para pagar aluguel de uma sala comercial de propriedade do seu marido.

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(Reportagem: Artur Filho/Foto: Eduardo Lacerda/Áudio: Elyvio Blower)

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14 abril, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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