Conscientização


Passa no Senado projeto de Marisa Serrano que cria Semana Nacional de prevenção à gravidez precoce

Após a aprovação pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, ocorrida nesta terça-feira (14), seguirá para a Câmara o projeto de lei da senadora Marisa Serrano (MS) que cria a Semana Nacional de Prevenção à Gravidez Adolescente não Planejada. A intenção é mobilizar governo e sociedade civil em campanhas educativas e preventivas sobre o assunto na semana do dia 1º de fevereiro de cada ano, antecedendo o Carnaval.

A proposta da tucana visa incluir as adolescentes nos programas de assistência à saúde da mulher, com ênfase na anticoncepção e orientação sexual, e considerar a assistência a essa faixa etária como uma das prioridades na atenção primária à saúde. Esses programas devem contemplar também a motivação para o estudo e o trabalho e aspectos relacionados a comportamento e relação familiar, entre outros.

Assim, os ambulatórios de ginecologia e obstetrícia nas unidades básicas de saúde deverão estar preparados para o atendimento às jovens, contando com o apoio de outros profissionais que atuam na área da saúde, em conjunto com profissionais de educação, serviço social e psicologia. “Esta proposta congrega a ação dos governos, de ONGs e da sociedade civil a fim de efetivar um programa eficaz de prevenção da gravidez na adolescência e sua repetição”, afirma a tucana.

Vida sexual antecipada

A senadora lembra que a vida sexual ativa de jovens está começando cada vez mais cedo. Segundo o Ministério da Saúde, em 1998, 56,5% dos homens e 41,6% das mulheres entre 16 e 19 anos declaravam ter tido atividade sexual nos últimos doze meses. Já em 2005, nessa mesma faixa etária, os índices passaram para 78,4 e 68,5%, respectivamente.

A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS – 2006) apontou para um crescimento do número de adolescentes grávidas no Brasil. Naquele ano, 23% das jovens entre 15 e 19 anos estavam gestantes, enquanto o índice era de 17% para a mesma faixa etária dez anos antes, em 1996. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), destacados pelo relatório Situação da Infância Brasileira 2009, do Unicef, cerca de 240 mil jovens com menos de 18 anos são chefes de família.

Riscos para a mãe e para o bebê

Marisa lembra que a gravidez precoce é considerada de risco, tanto para a mãe quanto para o bebê: abortos espontâneos, diabetes gestacional, pré-eclampsia, parto prematuro e dificuldades de amamentação são muito comuns em mães adolescentes. A senadora destaca ainda que a gestação indesejada é fator agravante ou desencadeador de transtornos psicológicos e sociais. “Cerca de 30% das meninas que engravidam deixam a escola, sem contar na baixa taxa de retorno à escola depois do nascimento do bebê”, destaca a senadora sul-mato-grossense. “Outro problema sério é a reincidência da gravidez precoce. Por isso a informação é tão importante”, enumerou.
22%
dos adolescentes iniciam a vida sexual aos 15 anos de idade, segundo a Organização Mundial de Saúde.

(Da assessoria da senadora/ Foto: Ag. Senado)

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14 dezembro, 2010 Últimas notícias Sem commentários »

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