Caixa dois


Tesoureiro do PT, pivô de escândalo Bancoop, adia depoimento à CPI
João Vaccari alega que seu advogado está fora do país

Alegando que seu advogado está fora do país, o tesoureiro do PT João Vaccari Neto, suspeito de desviar dinheiro da Cooperativa Habitacional de São Paulo (Bancoop) para o caixa dois do partido, adiou o depoimento que iria fazer na CPI das ONGs, inicialmente marcado para esta terça-feira (23). O depoimento do promotor José Carlos Blat, responsável pelo inquérito que investiga as fraudes na Bancoop, também foi adiado pela CPI. A comissão ainda não definiu nova data para colher os depoimentos.

FRAUDES – O requerimento para a convocação de Vaccari foi apresentado à Comissão pelo senador Heráclito Fortes (DEM- PI); o que convidou o promotor José Carlos Blat foi do senador Álvaro Dias (PR). Pelas investigações, o promotor responsabiliza Vaccari pelas fraudes.

O inquérito do Ministério Público de São Paulo aponta que a Bancoop, sob coordenação de Vaccari, inicialmente indicado para arrecadar recursos para a campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, teria desviado mais de R$ 100 milhões dos seus associados para irrigar o “caixa dois” de campanhas do PT. O esquema prejudicou mais de 400 famílias.

A comissão de inquérito convidou ainda o corretor Lúcio Bolonha Funaro, que em depoimentos ao Ministério Público falou sobre o suposto esquema, e Hélio Malheiro, irmão de Luis Eduardo Malheiro, ex-presidente da Bancoop. Ao MP, ele disse que o irmão era obrigado a desviar recursos para o PT.

Com os depoimentos, os senadores desejam esclarecer a aplicação de recursos de fundos de pensão Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), Funcef (Fundação dos Economiários Federais) e PETROS (Fundação Petrobrás de Seguridade Social), na cooperativa habitacional, com graves prejuízos aos cooperados.

A investigação do Ministério Público assegura que os dirigentes da cooperativa, particularmente o ex-presidente João Vaccari Neto, “operaram um esquema de desvio de dinheiro para campanhas eleitorais que incluía, até mesmo, a extorsão das empresas responsáveis pela construção das obras destinadas aos cooperados”. (Da redação do Diário Tucano, com Agência Tucana/Foto: Agência Senado))

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22 março, 2010 Sem categoria Sem commentários »

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