"Pinga Fogo"
João Almeida: mesmo popular, Lula não conseguirá eleger Dilma
Voto mais consciente – Almeida participou do debate com o líder petista na Casa, Fernando Ferro (PE). A discussão tratou de temas como as eleições gerais, o ano legislativo iniciado neste mês e também dos projetos que dominarão a pauta do plenário ao longo do ano.
Para o deputado, o pleito de outubro será muito concorrido, e a população votará de forma mais consciente. “Teremos uma eleição dura, muito disputada, e esperamos vencer. Estou convencido de que a cada eleição o povo brasileiro vota com qualidade, não se deixa mais enganar e aprendeu a acompanhar o debate político. A escolha cada vez mais é algo individual”, assinalou Almeida, ao contestar a força da candidata petista por ter como “padrinho” o presidente Lula.
O líder também discordou da ideia de que em ano de eleições gerais o Congresso Nacional produz pouco e apontou exemplos de projetos que devem dominar os debates neste primeiro semestre. “Se olharmos para a transição do governo FHC para o Lula, em 2002, tivemos uma atividade congressual muito grande, inclusive para atender aos propósitos do novo governo. Creio que neste ano a produção ocorrerá de forma mais concentrada”, afirmou.
A redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, os projetos do pré-sal e do Código Florestal são temas que, na opinião de Almeida, estarão em destaque nos próximos meses. Para o deputado, as propostas do governo para regular a exploração da camada subterrânea de petróleo estão longe de serem as mais viáveis.
“Toda essa legislação que estão construindo é dispensável. A Lei do Petróleo, criada com o governo FHC em 1997, é satisfatória. Bastava apenas uma modificação em um detalhe engenhoso dessa lei, que é a participação especial devida ao Estado pelos entes federativos, e o excedente, que é o resultado quando os poços são de alta rentabilidade”, explicou o tucano.
O parlamentar reprovou ainda a ideia vendida pelos governistas de que o pré-sal seria uma grande dádiva do PT e de Lula. “Estão modificando a lei, criando encargos novos para a Petrobras, reestatizando o setor. Além disso, criam toda uma fantasia de que todas essas coisas vão acontecer amanhã e o Brasil ficaria rico a partir daí”, ironizou. Apesar das discordâncias, o líder afirmou que a oposição contribuirá na votação das três propostas restantes sobre o tema, que começam a ser discutidas em plenário na próxima terça-feira (23).
O “Pinga-Fogo” vai ao ar todas as quintas-feiras, às 8h30, na Rádio Câmara. O programa também pode ser ouvido pela internet, no site da Câmara www.camara.gov.br (Reportagem: Rafael Secunho/ Foto: Eduardo Lacerda)
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