Ações ilegais
Prejuízo milionário – Em vídeo divulgado pela Polícia Civil de São Paulo nesta semana, Serpa aparece incitando seus seguidores a, no mínimo, causar “prejuízo” à empresa. Após a invasão e destruição dos laranjais, a Cutrale estimou uma perda de R$ 1,3 milhão. Ou seja, financiada com recursos públicos, a Acar provocou danos milionários a uma empresa privada.
A assinatura dos convênios foi revelada ontem pela ONG Contas Abertas. Fechado em outubro de 2007, o primeiro deles tinha como objetivo promover “ações com intervenção de máquinas agrícolas para erradicar as soqueiras (raízes que sobram dentro e fora da terra) de cana de açúcar em 300 hectares de terra”.
Menos de três meses depois, a Anca foi contemplada com mais R$ 42 mil para implantar “ações de capacitação para trabalhadores assentados na região de Iaras, no estado de São Paulo”. No entanto, reportagem que foi ao ar ontem no “Jornal Nacional” revelou que a Acar nunca prestou os serviços de capacitação prometido aos assentados e está inadimplente com o Incra.
Na avaliação do parlamentar, a gestão petista tem feito um trabalho de aparelhamento na maioria dos movimentos sociais do país. “O MST é apenas um exemplo da maneira promíscua com que os recursos públicos são destinados. O governo tem utilizado essas verbas para financiar entidades que promovem o desrespeito à lei”, reiterou o deputado do PSDB.
No último dia 9 de dezembro, o Congresso Nacional instalou a CPI mista do MST. A expectativa é que as investigações consigam esclarecer denúncias de uso irregular de R$ 115 milhões repassados pelo governo Lula a entidades ligadas ao Movimento dos Sem Terra. Os trabalhos da comissão devem começar com a retomada dos trabalhos legislativos após o recesso parlamentar. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Du Lacerda)
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