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Governo do PSDB valorizou as ações da Pastoral da Criança

A colaboração entre Zilda Arns e o PSDB começou em 1998, com apoio do Ministério da Saúde à Pastoral da Criança. Naquela época, a médica pediatra e sanitarista Zilda Arns, tragicamente morta na última terça-feira (12), no Haiti, já ajudava 1,5 milhão de crianças com menos de 6 anos e salvava a vida de milhares de bebês com medidas simples, como a visita domiciliar de agentes de saúde, orientação alimentar, ensino do uso de soro caseiro e a pesagem mensal das crianças.

Isso permitiu, à época, que a mortalidade infantil nas áreas atendidas pela Pastoral ficasse entre 12 e 18 mortes por mil bebês nascidos. Nas regiões fora do alcance do trabalho de Zilda, esse índice saltava para 35 mortes.

Nobel – Por iniciativa do então ministro da Saúde José Serra, Zilda foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz. Representando o governo Fernando Henrique Cardoso, Serra seguiu para a Noruega, no início de 2001, com a missão de formalizar a indicação perante o Comitê do Prêmio Nobel.

Naquela época, em entrevista à revista Isto é, Zilda Arns contou: “Sem nenhum conteúdo político, digo que o ministro da Saúde, José Serra, foi o primeiro ministro a dar atenção à Pastoral. Quando fui a Brasília pedir recursos, ele não quis olhar nada, simplesmente disse “quero dobrar a nossa participação”

Defesa – Zilda não hesitou em defender os programas sociais do PSDB diante das críticas furiosas do PT. O primeiro que ela defendeu foi o Bolsa Escola, criado pelo Ministério da Educação, e que entregava R$ 15 a cada criança de família carente que estivesse na sala de aula e com os atestados de vacinação em dia: ” Os R$ 15 parecem pouco, mas promovem desenvolvimento local sustentável “, dizia.

Feminista e conhecedora dos hábitos familiares brasileiros, elogiou a decisão do governo tucano de entregar a titularidade dos cartões do Bolsa Escola às mães: “É o possível no momento e os resultados mostram a promoção da mulher em sua cidadania.”

Programas pioneiros – Logo após as eleições de 2002, a criadora da Pastoral defendeu a manutenção, não só do Bolsa Escola, como também do Bolsa Alimentação, que entregava R$ 15 a crianças até 6 anos de idade e mães em período de amamentação pelo prazo de seis meses.

“É preciso valorizar os caminhos abertos pelos programas sociais que começaram a ser implantados nos últimos anos, como o Bolsa Escola, o Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), o Bolsa Alimentação e o benefício para idosos e pessoas portadoras de necessidades especiais. Um grande passo seria avaliar essas experiências, reconhecer seus méritos e suas falhas e, a partir disso, aperfeiçoá-las e ampliá-las.”

Em 2006, cansada, anunciou seu afastamento da coordenação da Pastoral, que já atuava em 14 países da América Latina, Ásia e África.

Morte – Segundo o senador tucano Flávio Arns (PR), sobrinho da médica sanitarista, Zilda Arns havia acabado de proferir palestra em uma igreja para mais de 150 religiosos. O Haiti era o próximo país a receber ajuda da Pastoral. A brasileira estava conversando com um padre local, quando o prédio ruiu e os destroços do prédio atingiram-na fatalmente.Araucárias, sede do governo estadual.

O corpo de Zilda Arns Neumann chegou ao Brasil na madrugada desta sexta-feira (15). O velório da fundadora da Pastoral, que nasceu em Forquilinha (SC), mas morava em Curitiba, será realizado na capital paranaense, no Palácio das Araucárias.
A família de Zilda pede que, em vez de coroas de flores, aqueles que querem homenagear a médica façam doações à Pastoral da Criança. (Fonte: da Agência Tucana, com informações e edição do Diário Tucano/Fotos: Jonas Pereira e Valter Campanato- Agência Brasil)
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15 janeiro, 2010 Sem categoria Sem commentários »

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