Desafio coletivo
Raquel Teixeira pede ações integradas para atingir metas na educação
A deputada Professora Raquel Teixeira (GO) defendeu uma integração entre diversos órgãos governamentais e a sociedade para que o país possa obter avanços significativos na área de educação. Especialista no setor, a tucana alerta que somente uma ação conjunta dos governos, sociedade civil e Ministério Público será capaz de reduzir a evasão escolar.
Mais empenho – De acordo com levantamento do Movimento “Todos Pela Educação”, esse número ainda é alto: uma em cada dez crianças e jovens com idade entre 4 e 17 anos não estuda. O Brasil possui uma meta de chegar em 2022 (ano do bicentenário da independência) com todos nessa faixa etária matriculados. O documento mostra que o país não alcançou o patamar esperado de atendimento. A meta era chegar a 91,9% em 2008, entretanto o percentual de alunos nessa faixa etária que frequentam a escola foi de 91,4%.
“Todos queremos alcançar a meta, mas para isso é preciso que se garanta uma universalização real. O governo precisa fazer muito, mas o MEC sozinho não conseguirá cumprir esse objetivo”, alerta. Ela defende um trabalho conjunto que envolva também o Ministério da Saúde, com atendimento às mães; a sociedade civil organizada, na denúncia a situações de evasão escolar; assim como o Ministério Público, que precisa ficar alerta ao problema de uma forma geral.
Para a deputada, o país já possui condições necessárias para alcançar melhores patamares, mas os números divulgados nesta semana mostram que ainda é preciso mais empenho por parte de todos. “O governo precisa se empenhar mais, ao atuar como maior estimulador e promotor dessa integração entre vários órgãos”, ressaltou.
A tucana acredita que nos últimos anos a população está mais consciente sobre a importância da educação e de se colocar as crianças na escola, mas teme por outro fator que, segundo ela, é ainda mais preocupante do que conseguir fazer as crianças estudarem. “Mais difícil que trazer as crianças para escola é mantê-las com sucesso e oferecer ensino de qualidade, algo fácil de dizer, mas muito difícil de colocar em prática”, destacou.
Ainda segundo Raquel, os importantes avanços alcançados nos últimos anos não ocorreram somente por causa da postura do governo, mas em sobretudo porque as pessoas estão compreendendo que no século XXI o conhecimento é o motor da economia e a educação a mola propulsora de qualquer perspectiva de desenvolvimento. (Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Ag. Câmara)
11 dezembro, 2009 
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