Muito discurso, pouca ação


Deputados cobram do governo ações para qualificar trabalhadores
O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), e o deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP) lamentaram na última sexta-feira (7) a redução de emprego para trabalhadores com pouca escolaridade e menor renda. O segmento foi o mais afetado pela crise econômica, perdendo espaço no mercado de trabalho formal no ano passado. O diagnóstico está em radiografia do emprego formal (Rais) divulgada pelo Ministério do Trabalho. Os números refletem o efeito devastador da crise nos último bimestre do ano, quando as demissões bateram um patamar histórico.
Nada sai do papel – Na avaliação de Aníbal, o governo atual faz muito discurso afirmando que está fazendo escolas técnicas, mas nada sai do papel. Para o tucano, falta investimento do governo na área de educação e em outros setores. “O governo fala muito em formação profissional, mas executa pouco. Isso causa um impacto negativo: trabalhadores menos qualificados, que acabam sendo os mais penalizados”, lamentou.

Segundo o tucano, a competitividade do mundo contemporâneo impõe aos países a instalação de indústrias inovadoras e produtivas, exigindo trabalhadores com mais treinamento. “Mas para isso ocorrer aqui será preciso mudar o governo. Essa política que privilegia a propaganda já está esgotada”, ressaltou.

De acordo com Mendes Thame, antes se achava que a crise iria atingir só os mais ricos. No entanto, houve um processo de demissão em todos os níveis, sobretudo os profissionais menos qualificados. “O governo federal está engessado. Contratou mais 205 mil funcionários públicos, aumentou sua folha de pagamento e com isso, diminuiu sua capacidade de investir e tem imensa dificuldade para ampliar a prestação de serviço da população”, criticou.
O tucano elogiou o governo de São Paulo por investir muito na qualificação técnica profissional, por meio de escolas e faculdades técnicas. De acordo com Thame, foram criadas 9 mil vagas para jovens, e o número de Fatecs passará de 24 para mais de 50. “É uma revolução na área do ensino técnico profissionalizante. Essa é uma forma de enfrentar um mercado cada vez mais exigente de mão-de-obra qualificada”, apontou o presidente do PSDB-SP. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Ag. Câmara e Eduardo Lacerda)
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7 agosto, 2009 Sem categoria Sem commentários »

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