Foco no futuro
Seminário internacional destaca vantagens do uso da tecnologia na saúde pública
As inovações tecnológicas em saúde pública vão aliar menor custo e maior eficiência, garantindo uma melhor atenção ao paciente. É desta forma que deputados do PSDB avaliam a importância do tema debatido no seminário internacional “Tecnologia e Saúde Pública: soluções viáveis para os desafios brasileiros”, realizado nesta quarta-feira (5).
Um dos proponentes do seminário, o deputado Paulo Abi-Ackel (MG) considera indiscutível e indissociável o avanço da tecnologia da informação na sociedade. “Não seria diferente com o setor de saúde e diagnóstico para os pacientes. Os aplicativos controlam nossos passos e exercícios na vida”, exemplificou.
Segundo o tucano, a modernização se dá de forma irreversível no setor da indústria farmacêutica, indústria de alta tecnologia de produtos para a saúde, sempre visando o menor custo, maior eficiência e a melhor atenção ao paciente. O extraordinário resultado de se adotar a tecnologia no sistema de saúde nacional justificaria, segundo Paulo Abi-Ackel, maior investimento no setor energético “para que nunca falte a energia necessária para movimentar essa gigantesca infraestrutura que é a tecnologia da informação”.
O deputado Vitor Lippi (SP) defende a necessidade e importância do governo brasileiro avançar na adoção de tecnologia da informação e inovação, com vistas a melhorar a eficiência e qualidade dos serviços. Ele avalia que o sistema público de saúde do Brasil é o maior do mundo, provavelmente um dos maiores compradores de serviços de saúde, medicamentos, equipamentos – seja em nível federal, estadual ou municipal. “E com dificuldade muito grande em fazer o controle de estoques, o custo desses serviços que são prestados para milhões de brasileiros”, alertou.
O Sistema Único de Saúde (SUS) faz cerca de 3 bilhões de atendimento/ano, incluídos os procedimentos de enfermagem e vacinação. Segundo Vitor Lippi, o grande desafio, além de melhorar o uso dos recursos, é fortalecer a indústria farmacêutica nacional, “para que ela possa fornecer produtos a menores custos”. Ele defende a integração governo, universidade e empresa, algo que já está acontecendo em instituições, a exemplo do Hospital Sírio Libanês e outras instituições brasileiras.
Já o deputado Izalci (DF) disse que passou de a hora do governo adotar um cartão único para os usuários do sistema de saúde. Segundo ele, há 20 anos se fala no uso desse cartão para melhorar o sistema de atendimento do SUS. “E, ainda assim, cada Estado fica desenvolvendo sistemas diferentes”, criticou.
Durante o seminário também foram apresentadas a experiência norte-americana de incorporação de tecnologia e, principalmente os esforços de diferentes instituições para avançar na simplificação e redução de custos com o uso de tecnologia no dia-a-dia.
(Reportagem: Ana Maria Mejia/foto: Alexssandro Loyola/Áudio: Hélio Ricardo)
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