Sistema exaurido


Kaefer critica modelo de crescimento baseado no consumo e lamenta desempenho pífio em agosto

9504888619_15fc471aa5_bO modelo de crescimento baseado no consumo falhou e os sinais já são evidentes. O deputado Alfredo Kaefer (PR) avalia os números da economia como prova de que o governo petista adotou o caminho errado para tentar impulsionar a economia brasileira. No lugar de investir e estimular a produção, preferiu-se induzir o trabalhador a comprar e se endividar. Com isso, a economia arrefeceu. Em agosto ficou praticamente parada: crescimento de apenas 0,08%. No trimestre o resultado deve ser negativo.

“Por mais que o governo faça uma propaganda positiva, é um número extremamente baixo, medíocre até diante do potencial que o país tem. Mostra que o planejamento do crescimento não foi conduzido adequadamente”, aponta Kaefer. Em sua avaliação, o modelo de crescimento com base no estímulo ao consumo se exauriu porque acabou a capacidade de consumir das famílias.

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“Deveríamos ter um modelo de crescimento calcado em investimentos de infraestrutura, apoio de financiamento de máquinas e equipamentos, ou seja, um crescimento estruturante e não via consumo”, aponta.

O resultado de agosto veio abaixo das previsões dos analistas do mercado, que apostavam numa alta, em média, de 0,2% do IBC-Br. Em julho, o índice sofreu retração de 0,34%. Com isso, os economistas já esperam que o PIB do terceiro trimestre feche negativo. As estimativas de crescimento para 2013 têm sido reduzidas. No ano o IBC-Br acumula um crescimento de 2,92%. Em 12 meses, a alta é de 2,31%. A previsão dos economistas ouvidos na pesquisa semanal Focus, do Banco Central, é que o PIB brasileiro crescerá 2,48% neste ano. 

Kaefer acredita que dificilmente esse número será alcançado. Para ele, o país vive um ciclo negativo formado por uma série de fatores que emperram o crescimento. “Vamos amargar mais um ano com baixíssimo crescimento e o pior é que e isso tudo está associado à inflação, que se mantém praticamente no limite da meta, muito próximo de 6%, e a uma taxa básica de juros muito alta para tentar segurar essa inflação, mas que sufoca o setor produtivo”, lamenta.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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17 outubro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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