País desce mais um degrau
Rocha associa corrupção patrocinada pelo governo petista com novo rebaixamento do Brasil
O deputado Rocha (AC) lamentou o rebaixamento da nota de crédito soberano do Brasil, anunciado nesta quarta-feira (17) pela agência Standard and Poor’s. É segunda vez, em cinco meses, que a S&P revê para baixo a nota do país. Em setembro, o Brasil perdeu o selo de bom pagador pela S&P. Agora, a nota foi cortada em um nível, de BB+ para BB; e a perspectiva é negativa.
O rating é usado como referência para os investidores estrangeiros aplicarem recursos no Brasil: quanto menor, menos confiável é para os investidores aplicarem recursos na nação. O grau de investimento é como um selo de qualidade que assegura um menor risco de calotes. A S&P foi a primeira entre as maiores agências a tirar o selo do Brasil. Com a nova decisão, que reduziu ainda mais a nota do país, a agência justificou que o perfil do crédito do Brasil se debilitou desde setembro, enquanto os desafios políticos e econômicos seguem sendo “consideráveis”.
“Observo o discurso de vários deputados tentando culpar a economia global pela crise que enfrentamos, mas o que vivemos aqui é uma crise de competência, crise de corrupção”, apontou Rocha em discurso no plenário da Câmara. O tucano chamou atenção para as inúmeras acusações que pesam contra o ex-presidente Lula e as irregularidades que envolvem o governo dele e de Dilma Rousseff. Enquanto o petista tenta se esquivar de dar explicações à Justiça sobre negociações obscuras, Rocha lembra que a economia nacional vai se deteriorando.
CONTRASTE COM ARGENTINA
“É interessante ver que em outros países, como na Argentina, as agências começam a elevar a nota do país. Apesar de ainda estar em grau especulativo, em razão das ações tomadas pelo presidente Macri, a economia argentina começa a responder positivamente”, destacou, ao fazer comparação com a situação brasileira, que é inversa. Ou seja, o Brasil, a cada nova avaliação, só afunda.
A S&P afirmou esperar um processo de ajuste mais prolongado com uma correção mais lenta da política fiscal. A agência lembrou ainda dos escândalos de corrupção, que envolvem dezenas de políticos, como mais um ingrediente que mantém o clima de incerteza no país.
(Reportagem: Djan Moreno/foto: Alexssandro Loyola)
Deixe uma resposta