Medida desnecessária


Tucanos condenam liberação de bilhete aéreo na Câmara para maridos e esposas

Vários deputados do PSDB se manifestaram nesta quinta-feira (26), no Plenário e em redes sociais, para marcar a posição contrária ao uso de verba pública para bancar viagens de cônjuges de parlamentares a Brasília. O partido foi contra a medida desde o primeiro momento, quando foi debatida e aprovada pela Mesa Diretora da Câmara.  Como se trata de uma possibilidade, que poderá ou não ser usufruída pelos congressistas, os tucanos já avisaram que abrem mão  em respeito à sociedade brasileira.

O deputado Daniel Coelho (PE) protocolou requerimento à Presidência da Câmara solicitando que a medida seja revista. Segundo ele, a ação foi um erro da Casa e precisa ser revogada. Em discurso, o tucano reforçou o compromisso com seus eleitores de que não fará uso desse tipo de auxílio. “Isso é desnecessário e inadequado ao momento do Brasil. Como sempre, ficarei ao lado daquilo que é de interesse da sociedade”, afirmou. Em sua avaliação, a medida é ainda absurda e causa revolta na população.

 Em vídeo, o deputado Otavio Leite (RJ) considerou a decisão absurda e errada, e garantiu que abre mão do privilégio. Também em vídeo, Geovânia de Sá (SC) disse que tal medida é injusta diante da situação complicada que o Brasil enfrenta. A deputada garantiu que não fará uso da benesse.

O deputado Samuel Moreira (SP) lembrou, por sua vez, que a decisão não foi votada em plenário, ou seja, não teve o crivo da maioria dos parlamentares. O tucano garantiu que também não usará a verba pública com essa finalidade. “Eu sou contra e digo a vocês que não faremos uso dessas passagens. Inclusive, minha esposa, Sandra, também não concorda com isso. Lembrando que todos vocês podem acompanhar de perto a minha prestação de contas, caso queiram confirmar se o compromisso está mantido”, disse.

Os paulistas Vanderlei Macris (SP) e Vitor Lippi (SP) engrossaram o coro: “Quero deixar bem claro que sou contra essa medida e não usarei desse expediente. Essa decisão é da Mesa Diretora e a nossa representante Mara Gabrilli (SP) votou contra”, destacou Macris.  “Não farei uso desse direito, pois não concordo com a decisão. Prefiro pagar com recursos próprios para que minha esposa ou filhos venham me visitar em Brasília”, reforçou Lippi.

(Reportagem: Djan Moreno)

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26 fevereiro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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