Saco sem fundo
Trabalhador sofre novos baques com prosseguimento do saco de maldades de Dilma
O saco de maldades de Dilma parece não ter fim. Nesta segunda-feira (2), por exemplo, entraram em vigor as novas regras, contidas em medidas provisórias, referentes a benefícios sociais como o seguro-desemprego e auxílio-doença. Esse é, ainda, o primeiro dia útil após o reajuste médio de 23,4% das tarifas de energia elétrica. Os deputados Caio Narcio (MG) e Pedro Cunha Lima (PB) alertaram para o impacto da sequência de más notícias para o bolso do trabalhador brasileiro.
Estelionato eleitoral – Para Caio Narcio, o país vive o resultado de um desequilíbrio econômico, causado pela desorganização política de um governo desonesto. O tucano destacou que as medidas vão contra as promessas eleitorais de Dilma. Ele avalia que a presidente deve um pedido de desculpas aos brasileiros, além do reconhecimento de que mentiu e errou. “A Petrobras tem jeito, o Brasil tem jeito, só o PT não tem. Para ajudar o Brasil, só tirando o PT do governo”, destacou.
Na avaliação de Pedro Cunha Lima, do ponto de vista da crise energética, hoje é o dia oficial em que o brasileiro descobre que foi enganado. Ele ressalta que há muito tempo a população deveria ter sido informada do risco de racionamento e as bandeiras tarifárias já deveriam estar vigorando desde o início do ano passado, mas o governo Dilma ludibriou a todos para conseguir a reeleição. Agora, o trabalhador recebe a fatura.
“Precisam fazer os reajustes e tiram direitos trabalhistas, cortam benefícios sociais e nada de fazer corte de ministérios ou uma séria redução da máquina pública. O cidadão é que vai arcar com os resultados dessa má gestão e falta de planejamento”, lamentou. O tucano ressaltou que o PSDB tem o compromisso com o trabalhador e vai atuar para impedir que essas medidas fiquem como quer o governo. “É preciso tentar um diálogo para que o cidadão não saia tão prejudicado”, alertou.
Relembre algumas das inúmeras maldades do governo Dilma neste início de mandato:
Novas regras trabalhistas – A partir desta segunda-feira (2), os trabalhadores que pedirem o seguro-desemprego já estarão enquadrados nas novas regras estabelecidas via medidas provisórias. O número de trabalhadores que terão acesso ao seguro cairá substancialmente, pois será preciso ter trabalhado muito mais para recebê-lo.
Alta na conta de luz – Os brasileiros já estão pagando mais pelas contas de luz. Com a entrada em vigor da revisão extraordinária das tarifas aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última sexta-feira (27), as contas subiram, em média, 23,4%. Para os consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a alta é de 28,7%.
Combustíveis mais caros – Um dos casos mais emblemáticos entre todos os aumentos e reajustes da gestão Dilma, o dos combustíveis é um dos que mais alarmantes. Enquanto todo o mundo reduz o valor da gasolina em consequência da queda do barril de petróleo, o Brasil eleva os preços, afetando ainda o diesel, essencial para o transporte dos produtos do campo até a mesa dos brasileiros. A elevação dos preços é um dos motivos que levaram milhares de caminhoneiros a protestar nas rodovias.
Impostos salgados – Na sexta-feira (27), o governo publicou a Medida Provisória 669, que aumenta a tributação de milhares de empresas de 56 setores da economia que tinham sido beneficiadas pela desoneração da folha de pagamento. O aumento aconteceu no mesmo dia em que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgou o fechamento de 81,7 mil vagas formais de trabalho em janeiro, no pior resultado para o mês desde 2009, ano da crise internacional. Na quinta-feira (26), o IBGE já havia divulgado o crescimento de um ponto percentual no índice de desemprego – de 4,3% em dezembro para 5,3% no mês posterior.
Pátria Deseducadora – O saco de maldades também inclui o setor da educação. As universidades federais tiveram 1/3 de suas verbas bloqueadas neste início de ano. Com a retenção de recursos, falta dinheiro para serviços terceirizados e programas para estudantes. Várias promessas eleitorais para o setor também devem ficar apenas no papel, atingindo programas considerados estratégicos.
Juros e inflação lá em cima – Na próxima quarta-feira (4), o Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar a taxa básica de juros pela quarta vez depois da reeleição de Dilma. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, a Selic deve passar dos atuais 12,25% ao ano para 12,75% ao ano. Como se não bastasse, a inflação deve fechar esse ano em 7,47%, como avaliam analistas de mercado. O centro da meta estipulada pelo governo é de 4,5%.
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)
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