Cenário perverso


 Governo fragilizou estabilidade econômica ao abandonar fundamentos básicos, diz Rodrigo de Castro9711476539_558f314b8f_b

Os fundamentos da economia ficaram fragilizados no governo do PT, na avaliação do deputado Rodrigo de Castro (MG). De acordo com o tucano, a gestão petista abandonou o tripé de política econômica, que consiste em superávit primário, câmbio flutuante e metas para inflação. A receita é considerada responsável por devolver a estabilidade de preços ao país após o plano Real. O cenário atual é de inflação e juros em alta, além de pífio crescimento econômico.

“Esses fundamentos levaram à estabilidade do país por meio do Plano Real e agora têm sido abandonados pela atual gestão. Isso é temerário para o Brasil, nos coloca numa posição de extrema fragilidade e nos preocupa muito”, afirmou nesta sexta-feira (18).

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O deputado ressaltou que a volta da inflação é reflexo da incompetência do PT em administrar a economia. “O PT não tem compromisso com uma das grandes conquistas da sociedade brasileira, que é o fim da inflação. É a volta de um pesadelo do qual o Brasil ficou refém por mais de 50 anos, é um fantasma que agora volta a nos assombrar graças à incompetência do partido”, disse.

Ex-presidentes do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso, Gustavo Franco (1997-1999) e Armínio Fraga (1999-2003) criticaram o abandono do tripé de política econômica. “O custo de uma política macroeconômica mal formulada se transforma difusamente em um setor público que funciona mal: no transporte público que não funciona, no hospital que tem fila”, disse Franco em seminário do Ibmec e do Instituto Millenium.

Para Armínio, houve uma flexibilização do regime macroeconômico. “Ficou a impressão de que o compromisso com a meta de inflação (4,5%) diminuiu. Faz três anos que a inflação anda em torno de 6% a despeito de tentativas setoriais de segurar preços como as tarifas de combustíveis”, reprovou em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”.

Em resposta, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, atacou a gestão tucana e declarou que a economia brasileira tem fundamentos sólidos. Na opinião de Rodrigo de Castro, a declaração do ministro não tem credibilidade. “Os fundamentos devem ser sólidos como as previsões do ministro para o crescimento econômico, que jamais se concretizam”, ironizou. “Temos tido crescimentos pífios e o ministro sempre prevê algo maior, isso mostra a miopia de Mantega. Ele não é nada confiável para estabelecer cenários nem critérios”, acrescentou.

“Guido Mantega tornou-se celebridade mundial no campo das finanças por causa de suas profecias que nunca se confirmam. Mas o ministro da Fazenda de Dilma parece não estar satisfeito com o lugar que já conquistou no anedotário econômico. Ele agora quer dar aula de economia e reescrever a história. Deveria se calar. Com seu currículo, ele deveria se dar por satisfeito por ainda não ter sido aposentado. Há motivos de sobra para isso”, aponta a Carta de Formulação e Mobilização Política do Instituto Teotônio Vilela (ITV) de hoje.

No início da gestão Dilma, o petista previu que o crescimento médio do PIB seria de 5,5% ao ano até 2014. No entanto, no final de setembro o Banco Central reduziu a estimativa de crescimento da economia do país no ano para 2,5%. “Com seus prognósticos fantasiosos, o ministro da Fazenda do Brasil tornou-se motivo de chacota em todo o mundo”, destaca o ITV.

(Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)

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18 outubro, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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