Rombo milionário
Nilson Leitão participou de audiência com diretor da Previc sobre Fundos de Pensão
O deputado Nilson Leitão (MT) esteve reunido nesta quarta feira (16) com o diretor da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), José Maria Rabelo, onde trataram na audiência sobre a estrutura dos fundos de pensão.
A Previc é um órgão de supervisão e fiscalização do Sistema Financeiro do Brasil, que é responsável pelos Fundos de Pensão. Há alguns meses atrás, um escândalo denunciou um déficit milionário do fundo de pensão dos funcionários dos Correios, o Postalis. Um dos motivos que ocasionou rombo foi a queda das ações das empresas de Eike Batista na Bolsa de Valores, onde o fundo possuia altos investimentos em ações nas empresas do grupo EBX.
O fundo está com um rombo de R$ 985 milhões desde Abril deste ano. Parte deste desfalque está sendo descontado do salário dos funcionários dos Correios, o equivalente a 3,94% do valor do benefício que terão direito quando se aposentarem. A divida está sendo dividida entre os Correios e os participantes do fundo até ser quitada.
“A nossa preocupação é com o servidor dos Correios. Não é jsuto que o prejuizo causado pela má gestão do fundo previdenciario, deste ou de qualquer outro, seja repartido com os profissionais mais humildes da empresa”, defende Leitão.
O Postalis é o 14º maior fundo de pensão do Brasil, com patrimônio de R$ 7,68 bilhões, e é o terceiro em número de participantes, com 130 mil pessoas. Do deficit total que o fundo possui, superior a 900 milhões, R$ 287 milhões são de origem técnica devido ao aumento na expectativa de vida das pessoas, que passam a receber benefícios por mais tempo. O restante, equivalente a mais de R$ 690 milhões, é de cunho financeiro.
Outro caso
Em Agosto deste ano, outro escandalo veio a público. A Policia Federal deflagrou organizações criminosas que atuavam na má gestão de recursos de entidades previdenciárias públicas.
A abordagem era feita por meio de aliciamento de prefeitos e gestores de regimes próprios de Previdência Social a fim de que eles aplicassem recursos das respectivas entidades em fundos de investimentos pouco atrativos, geridos pela própria quadrilha.
Os prefeitos e gestores dos regimes de previdência eram remunerados com um percentual sobre o valor aplicado. O esquema contava também com a intermediação de importantes lobistas que faziam o elo entre agentes políticos e a quadrilha.
“Quando a Operação Miquéias deflagrou essas fraudes, eu fiquei extremamente preocupado em como vão ficar os fundos municipais depois desse déficit. Temos que buscar esclarecimentos dos responsáveis pela fiscalização desses fundos”, explica Nilson Leitão.
Ao todo foram 102 mandados judiciais, sendo 5 de prisão preventiva, 22 de prisão temporária e 75 de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão, Amazonas e Rondônia.
(Da assessoria do deputado/ Foto: Alexssandro Loyola)
Deixe uma resposta