Divisão em grupos
GT da reforma política sugere mudanças em regras de votação para deputados
O grupo de trabalho da reforma política aprovou nesta quinta-feira (17) proposta que altera a forma de eleição dos deputados federais. Segundo o texto, o sistema de apuração dos votos continua sendo proporcional, mas os candidatos deverão concorrer em pequenas regiões dentro dos estados.
De acordo com a proposta, apresentada pelo deputado Marcus Pestana (MG), os eleitores continuam a votar como hoje – no seu deputado de preferência. A diferença é que os eleitores de cada estado seriam divididos em grupos, que elegeriam seus próprios deputados. Minas Gerais, por exemplo, teria sete regiões. Rio de Janeiro, seis. Em cada uma dessas regiões haveria uma eleição diferente, com apuração proporcional dos votos, de acordo com o modelo atual.
“Assim, ao invés de disputar 14 milhões de votos em um território igual ao da Espanha, eu vou disputar dois milhões em uma região reduzida”, exemplificou Pestana. Segundo ele, a medida deve baixar o custo das campanhas, além de aproximar os eleitores dos deputados eleitos. “Quanto mais reduzido o território, maior o controle social, até porque os adversários são agentes desse controle, a partir do momento em que cobram pessoalmente o bom desempenho do eleito”, explicou.
O modelo aprovado é diferente do sistema distrital mais conhecido, já que, neste caso, a escolha dos candidatos é feita de forma majoritária. Ou seja, pelo sistema distrital tradicional, a eleição para deputado ocorre como a para presidente – ganha quem tem mais voto.
(Da Agência Câmara/ Foto: Elza Fiúza/ABr)
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