Crise mundial
Ausência de ações econômicas consistentes expõe o país ao risco, alerta Alfredo Kaefer
Vice-líder do PSDB e integrante da Executiva Nacional do partido, o deputado Alfredo Kaefer (PR) afirmou que sem uma política econômica consistente, com fundamentos na redução dos gastos públicos, carga tributária menor e taxas de juros e de câmbio adequadas, o Brasil corre também o risco de ser prejudicado pela crise econômica mundial. A turbulência foi desencadeada nos Estados Unidos e agravada agora pelas suas dificuldades em ampliar o endividamento para cobrir déficits fiscais e comerciais.
A afirmação do parlamentar e empresário foi feita no Plenário da Câmara na seqüência de pronunciamentos dos ministros da Fazenda e de Ciência e Tecnologia, Guido Mantega e Aloizio Mercadante, respectivamente, no último dia 9.
Ontem, também, Kaefer participou de programa de debate ao vivo da TV Câmara, entre as 21h30 e 22h30, e foi o único a criticar as políticas econômica e industrial do Brasil. O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (instituição vinculada ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Mauro Borges Lemos, e o deputado federal do PT e ex-líder sindical, Vicente Paulo da Silva, apoiaram ambas, sendo que o petista se limitou a lamentar o fato de, até agora, não ter sida aprovada a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
O deputado do PSDB criticou as medidas aprovadas recentemente para alguns setores, inclusive as tributárias, e as classificou de dirigismo sempre usado na ausência de uma política econômica consistente para beneficiar aqueles que têm maior poder econômico (indústria automobilística) ou que estão sob maior concorrência de produtores estrangeiros (calçados, têxteis, móveis e informática).
O tucano comentou que o dirigismo econômico chinês é mais eficiente do que o brasileiro porque o atual país líder asiático conseguiu em poucos anos um crescimento acentuado do seu Produto Interno Bruto (PIB) que antes era praticamente igual ao brasileiro.
Embora reconheça que as condições institucionais, política e social entre os dois países são diferentes, Alfredo Kaefer disse que a China é bom exemplo de mudanças de paradigmas econômicos e que está melhorando as condições do seu povo. Isso sem falar da sua contribuição para minimizar as conseqüências da crise econômica mundial, inclusive quanto ao Brasil, devido à manutenção da demanda elevada de commodities (alimentos, minérios etc.) que mantêm em alta as exportações de vários países.
(Da assessoria/ Foto: Paula Sholl)
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