Modelo de homem público


Tucanos afirmam que Paulo Renato revolucionou a educação brasileira

Deputados tucanos prestaram homenagem nesta segunda-feira (27) ao ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza, morto na noite de sábado (25) aos 65 anos em decorrência de infarto fulminante. Presentes ao enterro, no Cemitério do Morumbi (SP), Vanderlei Macris (SP) e Vaz de Lima (SP) afirmaram que o político mudou a história do ensino brasileiro.

Macris destacou o trabalho e a dedicação à população. “Tive oportunidade de conviver com ele quando atuou na Secretaria de Planejamento e – mais tarde – de Educação, dando sua contribuição ao Brasil como ministro. Sem dúvida, ele foi um marco significativo para o país.”

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Parlamentares lamentam morte do ex-ministro da Educação e destacam legado deixado ao país

O ex-deputado foi responsável pela implantação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e pela universalização do acesso à escola. Na opinião de Macris, Paulo Renato sempre se preocupou com o povo e a área social. “Perdi não só um amigo, mas um grande homem público. Deixará muita saudade e um legado importante”, disse.

Vaz de Lima ressaltou a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que permitiu a melhoria salarial de professores. Outra iniciativa foi o Bolsa Escola. Juntamente com mais quatro programas, deu origem ao Bolsa Família.

“O Brasil deve muito a ele, principalmente pelo que fez pela educação”, declarou o tucano. “Temos que dividir a área no país entre antes e depois de Paulo Renato. Tinha um espírito público e republicano de uma singularidade pouco vista. Quem conviveu com ele sabe que perdeu um grande companheiro e estadista.”

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador Geraldo Alckmin e os ex-governadores José Serra e Alberto Goldman, além de secretários e dos senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Cristovam Buarque (PDT-DF), compareceram ao enterro.

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), apresentou em plenário nesta segunda-feira voto de pesar pela morte. O senador também lembrou que, como ministro do governo de Fernando Henrique Cardoso, Paulo Renato “comandou a universalização do ensino básico”.

Avanços na área sob o comando do tucano

→ O ex-ministro universalizou o acesso ao ensino. O país alcançou a marca histórica de ter 97% das crianças de 7 a 14 anos de idade matriculadas no ensino fundamental. Em 2001, foram 35,3 milhões de matrículas.

→ Criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), rebatizado de Fundeb. Os recursos favoreceram o atendimento escolar a alunos de 7 a 14 anos e melhoraram o salário dos professores. O Fundef ajudou a enfrentar as elevadas taxas de evasão escolar, repetência e distorção idade-série no ensino fundamental.

→ Implantou o Bolsa Escola com o objetivo de garantir a frequência das crianças nas salas de aula e elevar a renda das famílias carentes. Com um ano de funcionamento efetivo, em julho de 2002, a ação já era o maior programa de distribuição de renda do país. Naquele mês, foram beneficiados 8,7 milhões de crianças em 5.545 municípios brasileiros, pertencentes a 5,1 milhões de famílias. O investimento foi de R$ 129,5 milhões no mês, o que representou um total de R$ 888,4 milhões, no período de janeiro a julho de 2002.

→ Instituiu o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), que facilita o acesso a todos os que estão concluindo o ensino médio em todo o Brasil. É gratuito para alunos das escolas públicas e para carentes de escolas privadas.

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Paula Sholl / Áudio: Elyvio Blower)

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27 junho, 2011 Últimas notícias Sem commentários »

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