Meta inviável


Nova fase do “Minha Casa Minha Vida” ficará só no papel, acreditam tucanos

Os deputados Alberto Mourão (SP) e Ricardo Tripoli (SP) acreditam que a segunda fase do programa “Minha Casa Minha Vida”, lançada ontem (16) no Palácio do Planalto, seguirá o caminho da primeira etapa e ficará só no papel. O projeto foi criado em 2009 com a promessa de construir um milhão de casas, mas levantou apenas 238 mil unidades até o fim do ano passado. A nova versão estima entregar dois milhões de moradias. Na opinião dos tucanos, a meta é praticamente impossível.

“O governo é bom de anunciar e ruim de fazer. O que vem ocorrendo é um descompasso entre o discurso e a prática. O Executivo não tem uma gestão eficiente nem padrão de qualidade”, apontou Tripoli, para quem a execução do programa precisa ser revista e otimizada.

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Dilma lança segunda etapa de programa habitacional sem atingir metas da primeira fase

O tucano defende a priorização da população menos favorecida.  A nova etapa prevê que 60% das moradias serão destinadas às famílias com renda mensal de até R$ 1.395. Ele ressalta que várias promessas do PT não correspondem às reais necessidades do brasileiro. “Fazer casas em locais que não têm a mínima infraestrutura não atende as pessoas. E ainda empurra o povo para a periferia das cidades, socializando mais pobreza.”

Mourão acrescenta que o programa sofre de problemas estruturais por falta de coordenação e planejamento. Para ele, antes de lançar projetos, o governo precisa buscar viabilização e execução, além de reduzir a burocracia, em especial as referentes ao subsídio de terrenos. Das 400 mil moradias prometidas para as classes mais baixas na primeira fase, somente 92 mil ficaram prontas até dezembro, conforme informa relatório do Tribunal de Contas da União (TCU).

“O relançamento é apenas para requentar a matéria, pois não conseguiram cumprir as metas estabelecidas lá atrás. Se não se operacionalizou nem metade do um milhão, dificilmente se chegará aos dois milhões. Desses, acredito que não consigam construir nem 500 mil nesses próximos três anos em meio”, alertou o parlamentar.

R$ 71,7 bilhões
É o valor que o governo Dilma pretende utilizar para construir 2 milhões de casas até 2014.

(Reportagem: Djan Moreno/ Fotos: Paula Sholl/ Áudio: Elyvio Blower)

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16 junho, 2011 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Meta inviável”

  1. Julia Rosa da Cruz disse:

    Gostaria de saber deste governo, o por que lançou a segunda fase de construçao de casas populares, não tendo concluido nem 50% da primeira fase, pare de enganar o povo com novos projetos que jamais serão concretizados.Fala serio.

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