Campeão em juros
Governo é irresponsável ao sacrificar o povo com alta da Selic, afirmam deputados
A elevação da taxa básica de juros (Selic), anunciada pelo Banco Central na última quarta-feira (8), enfraquece a economia, inibe o consumo e afeta em cheio a vida do brasileiro, sobretudo por causa da escalada da inflação. Essa é a avaliação dos deputados Valdivino de Oliveira (GO) e Domingos Sávio (MG). O jornal “O Estado de S. Paulo” mostra o Brasil na liderança dos países com o maior juro real do mundo – descontada a inflação: 6,8% ao ano.
A política de sucessivas altas, medida encontrada pela equipe econômica para reduzir o aumento dos preços, é um dos fatores para o triste cenário. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa de 12% para 12,25% ao ano. Para perder o triste posto, conforme constata a Cruzeiro do Sul Corretora, a Selic precisaria chegar a 6,5%.
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Na opinião de Valdivino de Oliveira, o Brasil perde com a falta de investimento e prejudica o trabalhador na hora de adquirir um produto à prestação. “É impossível imaginar que se possa comprar equipamentos e máquinas para gerar emprego e produção pagando valores tão altos. Por esse motivo, o país não cresce e não apresenta um desempenho econômico como as principais nações do mundo”, condenou. O tucano recorda que os juros do cheque especial são de 9,8% ao mês e os do cartão de crédito passam de 12%, chegando a 200% no acumulado do ano.
Domingos Sávio acredita que o governo federal pouco se importa com a população. Segundo ele, o PT transfere as consequências da sua incompetência para o bolso do brasileiro. “Não há responsabilidade com o dinheiro público. Quando aumenta os juros sistematicamente, o governo prejudica os investidores comprometidos com a geração de renda e riqueza.”
Para o deputado, há uma nítida incoerência. O governo onera de forma acentuada o contribuinte, mas não reverte o valor para melhorar a saúde, educação e segurança. Na outra ponta, abre a torneira da gastança, incha a máquina pública e anuncia novos ministérios.
Selic continuará subindo
→ Para economistas, um dos fatores para a escalada dos juros cobrados no Brasil foi a crise financeira de 2008, que forçou a redução das taxas ao redor do mundo, ao ponto de deixá-las negativas. O segundo motivo está relacionado à alta da Selic para controlar a inflação.
→ Na quarta-feira, o Banco Central elevou novamente a Selic em 0,25 ponto percentual, para 12,25% ao ano. Em juro real, o segundo colocado no ranking é o Chile, com 1,5%. Ou seja, o Brasil está distante de se livrar do posto. Aliás, o mercado financeiro prevê novas altas até o fim do ano.
(Reportagem: Artur Filho / Foto: Paula Sholl / Áudio: Elyvio Blower)
Parabéns Rui, Tó ligado em vc. Vc tá saindo melhor do que encomenda. Alagoas toda vibra pelo seu brilhante desempenho.