Ensino deturpado
Senadores tucanos questionam ministro da Educação sobre erros em livros
Na audiência pública desta terça-feira (31) com o ministro da Educação, Fernando Haddad, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), os senadores Alvaro Dias (PR), Cyro Miranda (GO), Marisa Serrano (MS) e Paulo Bauer(SC) questionaram o conteúdo dos livros didáticos aprovados pelo MEC.
O senador Cyro Miranda, um dos autores do requerimento da audiência, citou a repercussão negativa na imprensa dos livros com erros gramaticais e conteúdo ideológico. “Nos livros há uma tentativa simplista de elogiar o governo petista, e o material didático não pode favorecer um ou outro governo. Acho que não deve ser o foco do livro. Além disso, a forma errada de falar não é a melhor maneira de ensinar os estudantes. Estamos ferindo direitos constitucionais e princípios éticos. Não é melhor ensinarmos o português correto aos mais humildes do que levar o erro a milhares de estudantes?”, questionou o senador.
O líder do PSDB, Alvaro Dias, também autor do requerimento, disse que o debate é importante para que o “MEC não seja visto como um comitê eleitoral”. O senador argumentou que é inegável o viés ideológico dos livros. “A responsabilidade é de conteúdo, portanto dos autores e dos responsáveis pela aprovação. É um enfrentamento que cabe ao ministério. Há parcialidade nos livros de história, que mostram capas de revistas triunfalistas sobre o presidente Lula e omitem as capas do mensalão, por exemplo”, situou.
O senador leu trechos dos livros com erros de português, disse que a discussão teórica da sociolingüística sobre a linguagem popular não deveria sair da academia para as salas de aula e questionou “se a ciência prova que temos condições de aprender a linguagem, por que incentivar o ensino do erro?”. O líder cobrou ainda do ministro Haddad explicação sobre como será a devolução aos cofres públicos do dinheiro gasto com o kit anti-homofobia.
A senadora Marisa Serrano, que é professora, falou da necessidade de uma mudança na ótica do MEC, tendo em vista os inúmeros problemas da pasta, como o vazamento das provas do Enem e os livros didáticos: “Não é uma ingerência do Legislativo no Executivo, mas, com esse debate, podemos complementar, ajudar, aperfeiçoar as questões do MEC. Fico preocupada com o livro didático mostrando a forma errada de falar. É importante que respeitemos a fala das pessoas, mas dentro da escola devemos priorizar a língua culta. Essa metodologia não pode ser aceita”, destacou.
Marisa Serrano também protestou quando o ministro Fernando Haddad disse que o Legislativo poderia sugerir mudanças na gestão do MEC e no Programa Nacional do Livro Didático. “É brincadeira ministro, o MEC tem técnicos para isso, nós parlamentares não temos esta função!”
O senador Paulo Bauer disse que quando o PSDB critica, o faz com conhecimento de causa. “Falamos por um partido que conhece os problemas da educação, nacionalmente e nos estados, afinal temos oito governadores e quase dois mil prefeitos. E o assunto dos livros com erros causou polêmica, tanto que defendi o recolhimento dos livros, já que era necessária uma providência imediata e urgente. Afinal devemos partir do certo para o certo, não do errado para o certo”, disse Bauer.
Paulo Bauer também criticou o fato de países da língua portuguesa não estarem homologando o novo acordo ortográfico. “Estamos sendo excessivamente zelosos na prática do que foi acordado, enquanto outros sequer firmaram o compromisso de fazê-lo, isso é desrespeitoso para um país como o nosso, é uma política equivocada no âmbito internacional”, reiterou.
(Da assessoria da Liderança do PSDB no Senado/Foto: Cadu Gomes)
Espero que o PSDB combata ferozmente essa vergonha. O MEC (PT) quer ensinar a linguagem errada do Lula para toda a população!!! Barrem isso, pelo amor de Deus!!!
Os Senadores que foram contra os livros didáticos com linguagem errada estão com razão.Porque incentivar o errado?O Ministro Haddad está errado ao dizer que não retirará os livros das escolas e ainda tenta justificar.
Quero ver se os alunos de hoje que serão homens tentarem um vestibular ou um emprego estiverem falando errado?
Estão assassinando a lingua portuguesa.Quais serão as razões dessa barbárie?
Parabéns aos Senadores que mostraram equilibrio e sensatez.
Ao Ministro Fernando Haddad os meus pêsames em permanecer na estaca zero da educação.
Quanta insensatez!
A maneira inculta de falar de uma pessoa pode ser um obstáculo a suas aspirações. Muito admira que a professora Heloísa Ramos defenda a aceitação de desvios de padrões gramaticais: “ Nosso livro é direcionado para aquele que pode ter sido discriminado por falar errado”. Então, em sua concepção, deve-se reafirmar o erro. Esta pessoa que fala errado e continuará falando com esse super-método, se distanciará cada vez mais da “elite” que sempre foi à escola – e que, portanto, tem fala mais culta – e viverá infeliz para sempre no seu mundo discriminado e esquecido por Deus. Não entendo, qual a lógica disso? Quem aprende um bom português, aprende junto História, Geografia, adquire cultura, porque conhecimento chama conhecimento. Não seria o caso, então, de promover nas bases uma educação pesada para que pessoas com menos oportunidades não precisem de cotas em universidades, nem de apoios demagogos como esse que pretendem dar aos incultos, nivelando por baixo? Aliar-se à ignorância é de uma ignorância atroz! Uma vez validados e institucionalizados os maus costumes e a falta de ética no Brasil, agora é a vez de validar a ignorância, criando raiz mais profunda dela. Sem falar que a língua de um povo é um patrimônio seu, uma identidade, não pode ficar à mercê de ideologias que pretendem emburrecer em vez de elevar o grau de cultura das pessoas. E a origem latina de nossa língua, simplesmente esquecemos tudo? É, a gente somos inútil mesmo!
Myrian Macedo