Rapidez fundamental
PSDB espera rapidez da Fazenda em resposta sobre movimentações de ministro da Casa Civil
O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), espera que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, determine celeridade na resposta ao ofício protocolado pelo partido na última terça-feira (17).
No documento ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), vinculado à Fazenda, o parlamentar indaga se há registro de movimentações financeiras atípicas do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, e de sua empresa, a Projeto Administração de Imóveis. Segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, o Coaf enviou relatório à Polícia Federal comunicando que a consultoria do petista teve uma operação suspeita em 2010.
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“Esse é mais um fato que justifica a necessidade de esclarecimentos sobre as atividades da empresa e do ministro. Enquanto não houver respostas, haverá suspeitas. Temos a certeza de que o ministro Mantega será sensível ao nosso pedido de celeridade”, disse o líder.
Para o deputado Antonio Imbassahy (BA), o fato reforça a necessidade de esclarecimentos de Palocci sobre a origem do dinheiro usado na compra dos imóveis. “Isso mostra que já havia suspeitas no passado. Espero que o Coaf possa se manifestar e dizer qual foi a operação que gerou desconfiança, qual banco operou, de onde veio o dinheiro e para onde ele foi. É inacreditável que os dias se passem e o ministro não esclareça a origem dos recursos. Alguma coisa muito grave está impedindo que ele faça esse esclarecimento”, declarou.
Já o deputado Fernando Francischini (PR) questionou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre a existência de investigação da Polícia Federal contra Palocci. O petista negou a informação durante audiência pública da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado realizada hoje (19). Em nota, o Ministério da Fazenda também contestou a reportagem publicada pelo Estadão.
Motivado pelas denúncias de enriquecimento repentino contra o ministro da Casa Civil, Francischini vai apresentar projeto de lei para alterar a lei de improbidade administrativa e obrigar os agentes públicos a informar, além da declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física, uma relação das empresas de que façam parte. A proposta prevê ainda a proibição de contratos com cláusula de confidencialidade e a prestação de consultoria por agentes públicos que exercem função no Ministério da Fazenda, na Receita Federal e no Banco Central para instituições bancárias e empresas com ações na Bolsa de Valores.
“Temos que discutir na Câmara mudanças na legislação para evitar que casos como esse voltem a ocorrer. Essa legislação é um avanço e traz transparência nessas atividades”, explicou o parlamentar.
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Matéria atualizada às 17h.
(Reportagem: Alessandra Galvão e Djan Moreno com assessoria da Liderança/ Foto: Paula Sholl/Áudio: Elyvio Blower)
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