Deputada será relatora
Apuração profunda – Segundo a tucana, diversos motivos estão por trás do problema e precisam ser apurados a fundo para que novos casos sejam evitados. “Nosso objetivo é identificarmos as causas, consequências e os responsáveis para sabermos como atuar nessa questão, seja por meio da criação de leis ou por outras formas. Precisamos evitar esses desaparecimentos e punir os culpados”, destacou.
Entre as causas que devem ser estudadas pela CPI, Zito apontou a atuação do crime organizado e o tráfico de órgãos e de drogas. Além disso, a deputada citou os maus tratos cometidos por algumas famílias com suas crianças e afirmou que também é preciso um trabalho de conscientização com a sociedade civil. Segundo ela, as polícias Federal e Militar e as câmaras municipais e estaduais, prefeituras, conselhos tutelares, escolas e igrejas serão grandes parceiros da comissão, pois ajudarão a entender as diferentes realidades do problema em cada região.
Estatísticas apontam que existem no Brasil cerca de 50 mil desaparecidos. Para Andreia Zito, o número real deve ser muito maior, e só será conhecido realmente com os trabalhos desenvolvidos pela CPI. A parlamentar adiantou que o colegiado deverá realizar atividades externas, ouvindo e conhecendo famílias que vivem essa realidade.
Também integrante do colegiado, o deputado Vanderlei Macris (SP) vê a instalação da CPI como uma grande oportunidade para que o Parlamento dê sua contribuição para a definição de uma política ampla de investida do poder público contra o desaparecimento de menores. Além de Zito, os tucanos Eduardo Barbosa (MG) e Raimundo Gomes de Matos (CE) são titulares do colegiado, enquanto Macris e João Campos (GO) estão como suplentes. A primeira reunião da comissão foi convocada pela presidente, deputada Bel Mesquita (PMDB-PA), para o dia 25 às 14h30, quando serão eleitos os vice-presidentes. (Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Eduardo Lacerda)
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