Fiscalização deficiente

Invasão de nova droga no Brasil e fronteiras desprotegidas são alarmantes, acredita Marcio Bittar

A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional aprovou nesta quarta-feira (27) requerimento do deputado Marcio Bittar (AC) que solicita audiência pública para discutir a entrada da droga oxi no país e as consequências da redução do orçamento da Polícia Federal na fiscalização das fronteiras. O requerimento solicita a participação do delegado Maurício Moscardi, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal no Acre, e de representantes do Sindicato dos Delegados da Polícia Federal (Sindepol) para debater os assuntos.

Nos últimos dias, a imprensa noticiou a entrada da nova droga no país, que é derivada da cocaína e tem poder destrutivo mais forte que o crack. Segundo o tucano, isso revela a fragilidade da fiscalização nas fronteiras brasileiras.

Reportagem do jornal “O Globo” revelou que a nova droga está destruindo adultos e crianças. No Acre, por exemplo, meninas de oito anos e mulheres de até 60 consomem oxi, que custa entre R$ 2 e R$ 5. Ao mesmo tempo, é anunciado um corte no orçamento da Polícia Federal para este ano, conforme noticiou a “Folha de S.Paulo”, o que, segundo o deputado, afeta as ações de combate ao tráfico de armas e drogas no país.

“As notícias são graves pois, por um lado, temos a constatação da entrada no Brasil de uma droga tão nociva à saúde e, de outro, o anúncio de cortes no orçamento da Polícia Federal. O debate sobre esse assunto é fundamental para que possamos contribuir para evitar o avanço das drogas em nosso país”, ressaltou Marcio Bittar.

R$ 1,5 bilhão

É o valor do corte no Ministério da Justiça, que tinha orçamento previsto de R$ 4,2 bilhões para 2011. Agentes relataram à “Folha” que os cortes comprometeram a Operação Sentinela, feita com a Força Nacional de Segurança e a Polícia Militar nos Estados. A ação combateu crimes como tráfico internacional de drogas, entrada de armas, contrabando e imigração ilegal.

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Paula Sholl)