Gestão deficiente
Cidadão é o principal prejudicado com a incapacidade gerencial do governo, alerta Duarte Nogueira
Em pronunciamento no plenário, o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), fez um balanço dos quatro primeiros meses de gestão da presidente Dilma Rousseff. Na avaliação do parlamentar, nenhuma promessa da campanha eleitoral foi cumprida. Nogueira voltou a condenar o descontrole da inflação e o “apagão” de combustíveis no governo petista. Para o tucano, a incapacidade gerencial do Planalto tem penalizado o trabalhador com o aumento da inflação e da carga tributária.
O tucano lembrou que uma das maiores heranças deixadas pelo PSDB é a estabilidade da economia – conquista que o PT vem colocando em risco. O líder afirmou que alimentação, bebidas e transportes foram os grupos que mais contribuíram para a escalada dos preços. “O aumento da inflação é a própria visão do inferno. Ela atinge todas as classes, especialmente as mais pobres. Tira delas poder de compra e a cada ida ao supermercado o carrinho vai ficando mais vazio. Quanto menor a renda, maior o estrago nas contas da casa”, destacou.
Confira a íntegra do pronunciamento do líder tucano no Grande Expediente
baixe aquiDa tribuna, Nogueira também destacou outros pontos que comprovam a má gestão e a incompetência da gestão petista. Leia abaixo os principais trechos:
Postos de combustível vazios
“As distribuidoras estão racionando a entrega da gasolina em pelo menos oito estados para evitar desabastecimento. Isso porque a produção de etanol anidro, que é misturado à gasolina, está baixa. O governo não tem um planejamento a médio e curto prazo para o país e trabalha apenas em função do calendário eleitoral. E quem é o grande prejudicado pela incapacidade gerencial do governo? Mais uma vez, o consumidor”.
Inchaço da máquina
“A máquina administrativa hoje é um elefante branco: gastadora e ineficiente. Ao final do segundo mandato de Fernando Henrique tínhamos 26 ministérios. Vamos passar a ter 40. E aumentando suas despesas, o governo deixa de investir em setores básicos, como a educação, a saúde e a segurança pública.”
Saúde precária
“O governo não regulamentou a emenda que destina mais recursos para a Saúde até hoje porque prefere continuar empurrando a responsabilidade para estados e municípios e se exime da obrigatoriedade de destinar mais recursos para o setor. A situação na saúde piora dia a dia e pessoas morrem na fila de atendimento.”
Caos nos aeroportos
“Temos de nos deparar com conclusões como a do Ipea, de que são grandes as chances de passarmos vergonha na Copa do Mundo. Dos 13 aeroportos, nove não ficarão prontos até lá. Só agora, a 30 e poucos meses do evento, o governo decidiu adotar o regime de concessão de serviços para reformar e ampliar os aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília. Quando o PT estava na oposição, concessão era obra do demônio. Agora, perceberam que, para alguns casos, é a saída mais viável.”
Incoerência ambiental
“A modernização do Código Florestal é outro exemplo da incoerência do Planalto. Temos a terceira maior plataforma agrícola do planeta, e entre todos os países, o Brasil é o que mais vai se destacar na produção de alimentos e energia nas próximas décadas. O desafio é atuar nos passivos ambientais de maneira responsável e sustentável, regularizando a situação atual sem punir quem produz.”
Banda larga estagnada
“O Fust é mais um exemplo da limitação gerencial do governo. A presidente Dilma, além de não utilizar os recursos do fundo, chama a atenção dos provedores para aumentar nossa banda larga de 0,6 megabytes, ou seja, 600 kilobytes, para 1 mega. Os americanos já têm um plano definido, e em aplicação, para nos próximos 10 anos colocar em 100 milhões de residências americanas a banda larga em 100 megabytes, 100 vezes a nossa velocidade.”
(Reportagem: Alessandra Galvão/Foto: Elton Bomfim/Ag. Câmara/ Áudio: Elyvio Blower)
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