Em busca da verdade
Conselho de Ética quer confrontar depoimento de Durval Barbosa com defesa de Jaqueline Roriz
O relator do processo contra Jaqueline Roriz (PMN-DF) no Conselho de Ética, deputado Carlos Sampaio (SP), quer confrontar o depoimento do delator do esquema de corrupção no Governo do Distrito Federal, Durval Barbosa, com a defesa apresentada pela parlamentar. Para o tucano, isso é fundamental na busca pelo esclarecimento dos fatos. “É importante que saibamos exatamente o que ele pensa e o que ele tem a dizer, inclusive sobre a defesa apresentada pela deputada. Quando ele depôs no inquérito policial, não havia essa defesa”, frisou. Na reunião desta terça-feira (19), o requerimento do tucano convidando Durval foi aprovado por unanimidade. A expectativa de Sampaio é que o depoimento ocorra na próxima semana.
Outros sete pedidos do parlamentar do PSDB também foram acatados, entre eles o que solicita o compartilhamento de provas de documentos da CPI da Codeplan instalada pela Câmara Legislativa do DF, atualmente sob sigilo. A comissão também aprovou pedidos de cópias dos seguintes documentos: declaração de bens de Jaqueline desde que ela assumiu o mandato na Câmara e também do período em que exerceu mandato de deputada distrital; prestação de contas das campanhas eleitorais de 2006 e 2010; dos processos em que a parlamentar tenha sido citada; e, por fim, dos pronunciamentos feitos por Jaqueline Roriz na Câmara Legislativa a partir de novembro de 2009, desde a deflagração da Operação “Caixa de Pandora” pela Polícia Federal.
Sampaio informou ainda que o vídeo em que a deputada e o seu marido, Manoel Neto, aparecem recebendo dinheiro de Durval será entregue ao Conselho de Ética pela Polícia Federal no próximo dia 25, após realização de perícia tanto no vídeo como no áudio. Em 2006, Durval Barbosa, então secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, gravou vídeo no qual aparece repassando dinheiro para Jaqueline na época em que ela era candidata a deputada distrital. Por meio de nota, a deputada já admitiu ter recebido recursos não contabilizados de Durval para aquela campanha.
Apesar do prazo até 23 de junho de 2011 para concluir a investigação relacionada à Jaqueline, Carlos Sampaio pretende apresentar seu parecer até 30 de maio, caso não surjam fatos novos.
baixe aqui(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Paula Sholl/Áudio: Elyvio Blower)
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