Execução pífia
Líder tucano no Senado alerta para risco de falta de investimento em infraestrutura
O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), alertou em plenário nesta terça-feira (22) para o risco da falta de investimento em infraestrutura no país. Segundo o senador, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 exigem investimentos pesados do governo federal. O tucano destacou que apenas em um estádio de futebol serão investidos R$ 1,3 bilhão. “O gargalos na infraestrutura brasileira comprometem esses eventos esportivos e a plataforma de desenvolvimento sustentável da economia brasileira. Sabemos que o investimento em infraestrutura é condição necessária tanto ao crescimento econômico como para ganhos sustentáveis de competitividade”, avaliou.
Na avaliação de Alvaro Dias, o cenário é preocupante sob diversos ângulos. “Estradas esburacadas, portos e aeroportos saturados, as malhas ferroviária e hidroviária incapazes de ligar o território de ponta a ponta, sem falar da energia e serviços de comunicações, entre outros”, enumerou.
De acordo com o líder tucano, um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) avalia que seriam necessários R$ 42 bilhões para atender 265 obras importantes nesse setor. Os investimentos previstos nos PAC 1 e 2 foram de R$ 15 bilhões. “De quase R$ 5,6 bilhões colocados à disposição da Infraero, apenas R$ 134 milhões foram efetivamente aplicados na melhoria ou ampliação dos aeroportos, 2,4% do investimento previsto. Esse dado revela que nós estamos atrasados. A execução orçamentária é pífia. Mesmo quando os recursos são disponibilizados, as ações administrativas não são eficientes, e isso, evidentemente, acende o sinal de alerta”, destacou.
No pronunciamento, o senador alertou ainda para o risco de calote nos “restos a pagar”, despesas do governo empenhadas em um ano, mas que não são pagas até 31 de dezembro. O valor dessas despesas, referente ao período de 2009 a 2010, chega a R$ 128 bilhões. “Fala-se que haverá um grande calote, que haverá um corte significativo de R$ 34 bilhões mais R$ 18 bilhões de restos a pagar que seriam simplesmente cancelados”, afirmou.
(Reportagem: Cristiane Salles da Assessoria de Comunicação da Liderança do PSDB no Senado/Foto: Cadu Gomes)
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