Mudança eleitoral
Projeto de líder tucano na Câmara acaba com coligações nas eleições para deputados e vereadores
Diante do impasse criado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em relação a quem caberia a suplência dos deputados que se afastam para ocupar cargos nos executivos estaduais e federal, o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), apresentou nesta semana projeto de lei que acaba com as coligações partidárias nas eleições proporcionais. Além disso, segundo o tucano, a experiência acumulada nos últimos 25 anos revela que as alianças não atendem ao interesse público, pois as legendas coligadas não defendem um projeto comum no Legislativo depois do pleito.
O deputado explicou que o fim das alianças entre os partidos é um dos primeiros passos para a realização da reforma política no Congresso. “As coligações distorcem a qualidade da representatividade e ao, mesmo tempo, iludem o eleitor. Dar um fim a essas alianças é um passo inicial para começar a reforma política, fortalecer os partidos e dar aos eleitores a oportunidade de escolher o seu representante”, destacou o parlamentar nesta quinta-feira (17).
Para o tucano, o atual processo eleitoral também reduz a qualidade da representação política. “Os eleitores do Brasil já enxergam claramente o esgotamento do sistema atual. O modelo proporcional não representa mais com qualidade ou identidade o eleitor e o seu representante escolhido. Por força das coligações, o cidadão se interessa por uma proposta, vota nesse candidato e escolhe outro que tem uma visão totalmente diferente”, explicou.
De acordo com Duarte, as coligações contribuem para aumentar a falta de credibilidade dos partidos políticos. O líder tucano acredita que os candidatos aliados possuem pensamentos, compromissos e programas diversos. “Com a realização das coligações para as eleições proporcionais o cidadão escolhe um deputado de determinado partido que defende uma bandeira. Vota nesse candidato e às vezes acaba elegendo outro que, por força de estar na coligação, não tem o compromisso de defender as mesmas bandeiras daquele que eleitor escolheu”, ressaltou.
Entenda o atual modelo eleitoral:
No Brasil, existe o sistema majoritário para eleger presidente da República, governadores, prefeitos e senadores. Nele, são eleitos os mais votados para cada cargo. Já no sistema proporcional são escolhidos deputados federais e estaduais, além de vereadores. Nesse último, as vagas de cada Casa Legislativa são distribuídas conforme a quantidade de votos de cada partido político. A coligação é o método usado por legendas para juntar forças, somar os votos e, assim, eleger mais gente.
Basicamente, funciona assim: o eleitor vota em um candidato ou em uma legenda. Para obter uma vaga na Câmara dos Deputados, por exemplo, é preciso que o somatório de votos obtidos pelo candidato e de seu partido ou coligação alcance o chamado “coeficiente eleitoral”. Esse número é obtido a partir da divisão do número de todos os votos válidos pelo de vagas em disputa. Depois, divide-se o número de votos recebido pelo partido pelo “coeficiente eleitoral” para achar o número de vagas que o partido tem direito. Feito isso, os candidatos mais votados preenchem as vagas destinadas ao partido ou coligação.
(Reportagem: Alessandra Galvão e Marcos Côrtes/Foto: Eduardo Lacerda/Áudio: Elyvio Blower)
Acho que coligação não deve existir em todos os niveis e não tão sòmente para deputados e vereadores. Assim se tem a verdadeira realidade de quem é quem. Vamos acabar com essa farça que vem se estendendo por tantos anos. Uma verdadeira enganação. Saudações Tucanas
Vejo uma luz no fundo do tuneo, pois já era tempo de se pensar em algo para melhorar o nosso processo político, pois o que vivemos, ninguem merece, é cobra comendo cobra, quem pode mais chora menos, eu por exemplo, penso que a solução do nosso Brasil, é o voto distrital, o que vocês acham ?, vamos a luta.