Comissão no Senado aprova projeto que acaba com carros oficiais para juízes e parlamentares
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou na manhã desta terça-feira (24) projeto de lei do deputado Pedro Cunha Lima (PB) que limita a utilização de veículos oficiais para representação pessoal às autoridades máximas das Forças Armadas e dos Três Poderes. Ou seja, a proposta veda o uso, com essa finalidade, por titulares de cargo ou mandato eletivo, magistrados federais, membros do Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União, Advocacia Pública da União e Defensoria Pública da União, por exemplo.
O relator da matéria foi o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). Em seu relatório, destacou o valor simbólico de que se reveste a mudança proposta, neste momento em que toda a sociedade vem sendo chamada a fazer amplos sacrifícios em prol da estabilidade financeira do Estado e do equilíbrio da economia nacional.
O senador destacou ainda reportagem recente do portal “Contas Abertas”, mostrando que em 2016 o custo com serviços relacionados a carros oficiais foi de R$ 1,6 bilhões para o poder público. Para ele, o valor vem a ser maior do que o orçamento atual de alguns ministérios. “Em suma, o PLC nº 97, de 2017, é uma iniciativa que aperfeiçoa a legislação vigente, poupa recursos públicos e ainda emite uma mensagem positiva de compromisso do Congresso Nacional com a austeridade fiscal e a moralidade no uso dos equipamentos públicos”, diz o relatório.
REFORMA DA MÁQUINA PÚBLICA
“A legislação atual não deixa claro quem pode, ou não, utilizar-se de veículos oficiais. Desfrutar dessa frota para fins particulares constitui burla à intenção do legislador original e desalinhamento com a necessidade urgente de redução do custo da nossa máquina pública, daí a necessidade da adequação proposta no projeto. A aprovação dessa matéria pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado mostra que aquela Casa também está atenta a essa questão”, destacou o deputado Pedro Cunha Lima.
De acordo com ele, os veículos atualmente existentes para este fim, bem como os recursos que são destinados a eles no orçamento vigente, deverão ser relocados para as áreas de Segurança Pública, Educação e Saúde, como forma de acabar com regalias e reverter os recursos em benefício da população. O projeto estabelece ainda que os processos licitatórios para aquisição de veículos de representação pessoal em curso na data da publicação da lei, após ser aprovada pela Câmara e sancionada, se tornem sem efeito.
O projeto segue para análise da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor. Depois, vai para a CCJ.
(Da assessoria do deputado)
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