O espírito anticapitalista, por Rogério Marinho


Desemprego, informalidade, inflação, descontrole dos gastos públicos, incompetência governamental, corporativismo endêmico, ampliação dos privilégios dos burocratas e corrupção generalizada são as tristes marcas deixadas pelo partido dito dos trabalhadores. A típica arrogância socialista-bolivariana levou ao desrespeito das leis da economia e mergulhou o Brasil no desalento. Hoje, o mais importante é oxigenar de liberdade as relações entre empregadores e empregados. Precisamos banir a torpe ideia da luta de classes como o motor da história. 

A mentalidade anticapitalista, enraizada na história nacional, tem decretado o nosso subdesenvolvimento. A ladainha socializante é repetida em salas de aula, nos meios de comunicação e no parlamento nacional. Nada é mais importante que combater essa mentalidade e apontar rumos melhores e fincados na liberdade de mercado. Não há caminhos alternativos ou atalhos.

Sabe-se, com Ludwig von Mises, que “a história do capitalismo no mundo ocidental, nos últimos duzentos anos, registra um firme e constante aumento no padrão de vida dos assalariados”. Se queremos progredir, o caminho seguro é a ampliação da liberdade econômica e a diminuição do Estado obeso, paquidérmico e inepto.

A modernização das leis trabalhistas foi um dos passos essenciais rumo ao progresso econômico por meio dos empreendimentos competentes e da geração de empregos. Antes mesmo da completa implementação da nova lei, inimigos da liberdade se organizam para barrar os avanços alcançados. São as forças do atraso em ação contra empreendedores e empregados.

Um caso exemplar da luta insana contra a modernização das leis trabalhistas está em curso no Rio Grande do Norte. Com uma tese esdrúxula denominada de subordinação estrutural, a ação do MPT quer fulminar mais de quatro mil empregos diretos e oito mil indiretos gerados no setor têxtil, no interior do estado. A ação tem o apoio de sindicatos e políticos avermelhados e o repúdio dos trabalhadores e dos empresários. De um lado, burocratas, esquerdistas e pelegos; de outro, quem está com a mão na massa e sabe a importância de estar empregado com dignidade.

Caso tenha êxito em sua empreitada irracional contra a terceirização, aprovada pelo Congresso Nacional no início do ano e já sancionada pelo Executivo, a ação do MPT causará a falência das atividades das inúmeras oficinas de costura e espantará do Estado as grandes empresas compradoras da produção dessas facções. Na realidade, pessoas perderão a fonte de renda de suas famílias por conta do espírito anticapitalista impregnado em funcionários públicos privilegiados e dispendiosos para os pagadores de impostos. Nada mais injusto e opressor. Levar uma pessoa ao desemprego é condená-la a pobreza, principalmente em locais de pouca diversificação econômica como é o caso.

Milhares de trabalhadores ao lado de inúmeros pequenos empreendedores estão gritando por respeito aos seus empregos e empreendimentos. Estão unidos pela manutenção da prosperidade e contra os frios e velhos clichês de interventores. A ação do MPT é míope e equivocada.  É uma ação para se provar uma tese de pessoas que não conhecem a realidade do interior do Nordeste brasileiro, em especial do nosso Rio Grande do Norte.

A guerra contra a modernização das leis trabalhistas está em plena ação pelas forças do atraso nacional. As batalhas ilógicas são tocadas pelos que desejam mais Estado e menos liberdade para as pessoas. Entretanto, daqui do Rio Grande do Norte, é possível vislumbrar esperança na união de empregados e empregadores contra a mentalidade anticapitalista deletéria ao desenvolvimento e ao crescimento econômico.

O povo nordestino quer trabalhar, crescer e não depender de esmolas estatais. Sabe que somente o trabalho realmente dignifica o homem e não estão envenenados pelo ódio proveniente da luta de classes. Burocratas ociosos, partidos políticos esquerdistas e sindicatos pelegos serão derrotados pelos que querem progredir e crescer sem tutelas e amarras.

(*) Rogério Marinho é deputado federal pelo PSDB-RN. (foto: Alexssandro Loyola)

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2 outubro, 2017 Artigosblog Sem commentários »

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