Linha de crédito
“Investir na saúde é dar dignidade às pessoas”, diz Miguel Haddad
Santas Casas e hospitais filantrópicos de todo país foram beneficiados nesta semana com a sanção da lei que dá linhas de crédito para essas instituições que atenderem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Com expectativa de um orçamento médio de R$ 2 bilhões por ano, o objetivo do programa é prestar auxílio às Santas Casas, que enfrentam graves problemas financeiros. O deputado Miguel Haddad (SP) avalia a urgência da saúde pública do Brasil e comemora a aprovação do programa – de autoria do senador tucano José Serra.
“O Brasil tem um quadro muito grave quando nós abordamos a questão da saúde. Nós temos péssimos atendimentos. Investir na saúde é dar dignidade às pessoas. É garantir o mínimo que cabe ao estado. São medidas que socorrem às Santas Casas, os hospitais públicos. Iniciativas particulares, mas que vem ao encontro do atendimento público na tentativa de ocupar espaço que caberia e são de responsabilidade do poder público, tem que ser estimuladas, incentivadas”, declarou.
Miguel Haddad ainda lembrou da luta para o credenciamento do hospital do Grupo em Defesa da Criança com Câncer (Grendacc), de Jundiaí (SP), junto ao Ministério da Saúde. A unidade presta assistência oncológica a crianças e corre o risco de fechar as portas por falta de recursos. Há pelo menos dois meses, Haddad e o prefeito do município paulista, Luiz Fernando Machado, vêm se reunindo com o presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Saúde, Ricardo Barros, para pedir a credencial da instituição. O tucano destacou a falta de recursos para o hospital e a revelância para a população.
“O Grendacc sobrevive, basicamente, de doações. A verdade, é que as doações nesse instante já não são suficientes para toda a demanda financeira que ele tem. Nós temos trabalhado para que o hospital seja credenciado pelo governo federal. Nesses últimos trinta dias nós tivemos reuniões. Por isso esse trabalho. Nós realizando, frente ao Grendacc, junto ao governo federal para que a dedicação seja um ganho não para o hospital em si, mas para a população que socorre de serviços de altíssima qualidade”, disse.
Com a sanção da lei, fica criado o Programa de Financiamento Preferencial às Instituições Filantrópicas e Sem Fins Lucrativos, o Pró-Santas Casas. O limite de crédito para cada hospital será equivalente a 12 meses de faturamento dos serviços prestados ao SUS ou ao valor da dívida das instituições com operações financeiras. Essas entidades administram mais de dois mil estabelecimentos hospitalares sem fins lucrativos no país – algo que representa um terço do total de hospitais. Somente em 2015, as dívidas já ultrapassavam R$ 21 bilhões.
(PSDB/ Foto: Alexssandro Loyola)
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