Reforma política

À CBN, Daniel Coelho avalia cláusula de desempenho e fim das coligações nas eleições proporcionais

A aprovação por 384 votos do relatório que acaba com as coligações para eleições proporcionais e cria uma cláusula de desempenho aos partidos foi considerada pelo deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) um avanço, após longo período de debates no Congresso Nacional em torno da reforma política. O relatório da deputada Shéridan (PSDB-RR) foi aprovado na Câmara nesta terça-feira (5/9).

Em entrevista a rádio CBN Recife, nesta quarta (6/9), Daniel ressaltou que a cláusula acabará com os partidos “artificiais”, ou seja, aqueles que não tem “respaldo da população. “Se eles não atingirem um e meio por cento dos votos não terão direito ao fundo partidário nem ao tempo de TV. Isso é avanço porque a sociedade escolherá através do voto que partidos devem funcionar”, disse.

Já o fim das coligações proporcionais – que são as alianças entre partidos para as eleições de vereadores e deputados -, Daniel Coelho acredita que a medida “dará mais nitidez às candidaturas” porque refletirão a vontade da sociedade.

“O eleitor deixará de ser enganado pela regra das coligações que todos nós sabemos são uma aberração. O eleitor votar em alguém de um partido e eleger uma pessoa de outro é uma fraude da sua vontade”, avaliou.

O tucano defende que o fim das coligações já vigore nas eleições de 2018. Na sua avaliação, jogar a medida para a partir das disputas de 2002 seria “um grande oportunismo da Câmara”. “É quase como dizer: coligações são imorais, mas deixem os deputados serem eleitos. Então espero que já seja mantida a regra para as eleições do próximo ano”.

(Do PSDB-PE, com alteração/foto: Alexssandro Loyola)