Mercado produtivo


Brasil tem capacidade técnica de produzir camarão para abastecer mercado, avalia Gomes de Matos

36132888723_ca9efae974_kO deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) presidiu debate nesta quinta-feira (31) sobre as diretrizes operacionais de financiamento à carcinicultura (criação de camarão), e os riscos zoossanitários advindos da importação de camarões de origem equatoriana. O encontro realizado pela Comissão de Agricultura da Câmara foi requerido pelo tucano e pelo deputado Evair Vieira de Melo (PV-ES).

Segundo Gomes de Matos, levantamento de 2015 mostra que a produção de camarão no Brasil era de 69 mil toneladas. “Temos capacidade técnica de avançar e produzir o que o mercado planeja consumir”, afirmou. O importante, na avaliação do parlamentar, é entender a necessidade de consumo do mercado para prever quantas toneladas são necessárias. O tucano adianta que uma subcomissão será criada e ouvirá também o segmento dos consumidores de camarão.

O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão, Itamar Rocha, afirmou que o Brasil já chegou a ser o 6º maior produtor mundial, mas vem perdendo posições. Países como Índia, China e Indonésia estão crescendo em velocidade maior. “Esse é um setor estratégico para a economia primária. 95% são micro, pequenos e médios produtores”, completou.

Já o presidente da Associação Cearense de Criadores de Camarão, Cristiano Peixoto Maia, criticou a importação de camarão do Equador. Quem mais sente o impacto são os produtores locais, avalia. Só no Nordeste, a carcinicultura gera 70 mil empregos e o preço cobrado é justo em relação ao mercado internacional. “Temos estoque para atender quem precisar, não falta camarão no país”, explicou.

O presidente acrescenta que há um forte investimento em genética para produzir camarão protegido das doenças encontradas no Brasil. No entanto, se for importado camarão doente do Equador, a produção pode ser afetada e muitos dos pequenos produtores terão que abandonar o mercado. “Não temos como sustentar mais uma queda de produção”, alertou.

Também participaram da audiência o Diretor Substituto do Departamento de Crédito e Estudos Econômicos do Ministério da Agricultura, Antonio Luiz Machado; o Secretário Substituto da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Indústria, Comércio Exterior, João Crescêncio Marinho; a Gerente do Departamento de Agroindústria do BNDES, Gisele Amaral; o Gerente Substituto de Relacionamento Institucional e Gestão do Crédito Rural, Francisco Nogueira; o Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Daniel Lanza; o Professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido Pedro Martins; o Diretor Financeiro e de Crédito do Banco do Nordeste, Romildo Carneiro; o Gerente de Divisão, da Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil, Giovanni Chaves.

(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)

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31 agosto, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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