A manipulação da opinião pública, por Miguel Haddad
Mais uma vez, com desfaçatez, o petismo tenta se aproveitar da situação aflitiva em que vive o povo brasileiro, com 14 milhões de desempregados e com a falência de estados como o Rio de Janeiro – que não consegue pagar salários, pensões e aposentadorias ou dar o mínimo de segurança à população – para tentar enganar a opinião pública brasileira.
Se um extraterrestre descesse no Brasil agora e ouvisse os discursos que os parlamentares ligados ao petismo fazem no Congresso, lesse suas entrevistas ou seguisse os blogs patrocinados – os chamados blogs sujos – por entidades ou grupos de militantes que defendem a agenda do partido, ficaria convencido de que a maior crise da nossa história não tem nada a ver – coisa alguma – com as sucessivas administrações petistas.
Na realidade é mais do que uma desfaçatez. É a revelação do seu grau de crueldade: aqueles que criaram o caos que condena milhões de pessoas à angústia e à incerteza são os mesmos que, agora, tentam de todas as maneiras impedir que sejam tomadas as providências para sanar o mal que causaram.
Por que fazem isso? É preciso dizer as coisas com clareza: porque, para a sua corrente política, o sacrifício do povo é um detalhe.
O real interesse que está por trás de suas ações é um só: defender, custe o que custar, a sua ideologia. Não foi por outra razão que a presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffman, em uma reunião do Foro São Paulo – uma organização multinacional que objetiva promover o modelo de governo do tipo “bolivariano” – elogiou, com ferocidade, Maduro e o Chavismo, cujas milícias matam dezenas de opositores nas ruas e espezinham o povo que, em desespero, perseguido em seu próprio país, tenta fugir para os países vizinhos. Essa é, realmente, de fato, quando cai a máscara, a verdadeira face do petismo.
Não podemos aceitar, sem reagir, que se faça a defesa desse tipo de regime para o nosso País. Temos de lutar contra essa manipulação. E isso não é nada fácil: neste exato momento, há dezenas de blogs, sites, portais e entidades atuando junto à sociedade e nas chamadas redes sociais com um único objetivo: promover a agenda petista, prestando-se, como meros instrumentos políticos, a obedecer a orientação dos chefes do partido.
Já vimos esse filme. Sabemos como termina. O povo brasileiro não pode se deixar enganar novamente.
(*) Miguel Haddad é deputado federal pelo PSDB-SP. Artigo publicado no Jornal de Jundiaí.
Deixe uma resposta